VW Jetta usado: pontos fortes e fracos do sed?que sai por menos de R$ 65 mil
Mais completa e sofisticada, sexta geração traz inúmeras vantagens como o esperto motor turbo. Veja se vale a pena comprar
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O Volkswagen Jetta da 6ª geração foi lançado em 2011 - importado do México - com novo design e ainda mais esportivo. Além do visual bonito, o sedã dispunha de duas versões: a Comfortline com motor VW 2.0 flex com potência de 120 cv com gasolina e 116 cv no etanol, com câmbio manual de cinco marchas, ou opcional da caixa automática Tiptronic, de seis.
Além dessa, existe a Highline, com motor 2.0, de quatro cilindros, turbo (TSI) só a gasolina que dava ao Jetta 200 cv, graças ao câmbio automatizado, de dupla embreagem DSG, de 6 marchas. Independentemente da versão a ser escolhida, o Volkswagen Jetta conta com um ótimo custo-benefício.
Desde a mais simples, você já pode levar itens como direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica de frenagem), quatro airbags, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, computador de bordo, entre outros itens.
Já o teto-solar, sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico, volante multifuncional, rodas de liga leve aro 17”, bancos em couro, por exemplo, faziam parte do pacote de opcionais.
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Na Highline, por sua vez, há, além de tudo isso de série, traz: controle eletrônico de estabilidade (ESP), ar-condicionado digital dual zone, sensores crepuscular e de chuva, direção elétrica, volante multifuncional com paddle-shifts para troca de marcha, bancos revestidos em couro e assentos dianteiros com aquecimento, entre outros equipamentos.
Em 2016, chegava o motor turbinado 1.4 TSI, com 150 cv, em substituição ao 2.0 litros aspirado, além de novos equipamentos, como sistema multimídia com MirrorLink (sistemas Android), Carplay (compatível com aparelhos com sistema Apple) e Android Auto.
PONTOS A SEREM VISTOS ANTES DA COMPRA
- Travas elétricas
Travas elétricas costumam dar problemas com bastante frequência, mesmo quando os veículos ainda eram novos, na garantia. Um cliente de São Paulo publicou uma alegando que teve de trocar o kit de travas por mais de quatro vezes em apenas dois anos que esteve com o carro.
- Luz da injeção
A luz da injeção acesa é sinal de que algo não vai bem com o motor. Até aí tudo bem, mas o que muitos não sabem é que o inconveniente pode ter origem na qualidade do combustível. Por isso, dê preferência pela gasolina Premium.
- Ar-condicionado
O sistema de refrigeração pode apresentar transtornos, que em muitos casos exigem a troca do compressor. Além disso, ruídos no funcionamento é outra queixa mais comum.
- Barulhos internos
Outra fonte de ruídos vem das portas. Por isso, teste o veículo por ruas de pavimentação ruim para avaliar se a unidade também possui este mal que afeta grande parte das unidades do Jetta.
- Recall
Confira se o Jetta na versão 2.0 Total Flex já passou pelo serviço de inspeção dos braços do eixo traseiro, no qual pode haver deformação caso o veículo sofra uma colisão traseira ou lateral. Dessa maneira, isso comprometeria a sua durabilidade podendo causar rupturas e, consequentemente, a perda de controle do veículo, com risco de acidente.
QUAL VERSÃO NÓS RECOMENDAMOS
Se você tiver disposto a investir um pouco mais, por até R$ 65 mil é possível encontrar as opções com motor 1.4 TSI que passou a compor a linha 2016. Esse motor da família EA211, é um dos mais bem projetados e entrega excelentes 150 cv de potência. Atrelado ao câmbio manual baixo consumo de combustível, ele ficou até 15% mais econômico que o 2.0 TSI. São 11,3 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada, segundo o Inmetro.
Em termos de desempenho, o Jetta 1.4 vai de zero a 100 km/h em 8,6 segundos, e atinge a incrível velocidade final de 203 km/h, deixando muito sedã do seu naipe no chinelo. Quer um exemplo? O Chevrolet Cruze cumpre os mesmos 0-100 km/h em 8,8s, seguido do Toyota Corolla (9,5 s) e Honda Civic (9,8 s).
Em termos de aproveitamento de espaço interno, o VW Jetta também não deixa barato. Com seus 4,65 metros de comprimento, 1,47 m de altura, 1,77 m de largura e 2,65 m de entre-eixos, o sedã da marca alemã consegue ser um bom anfitrião. E o que dizer do porta-malas de excelentes 510 litros, o maior do segmento.
A única consideração a ser feita é o seguro que tende a ser, em média, mais caro. Além disso, por ter motores turbinados, é preciso que a mecânica esteja rigorosamente em dia, como, por exemplo, as manutenções e trocas periódicas de óleo.
Lembre-se que a lubrificação ineficaz dos motores TSI podem causar dores de cabeça futuramente como desgaste acelerado nas bronzinas de biela e comando de válvulas, folgas no eixo da turbina tendo como consequência o alto consumo de óleo, segundo sites e especialistas consultados.
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Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.