O Toyota Corolla Cross XRX Hybrid é a opção de SUV eletrificado mais em conta atualmente, com preço sugerido de R$202.690, e que tem o BYD Song Plus (R$229.800) entre os principais concorrentes.

Entre prós e contras, o modelo da marca japonesa tem entre os principais destaques a economia de combustível e o bom espaço interno, mas ainda esbarra em alguns pontos polêmicos que serão corrigidos na linha 2025, prevista para chegar às lojas até o início do ano que vem.

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A prioridade agora para a Toyota é lançar o Yaris Cross híbrido flex, no segundo semestre. Depois é que chega a linha 2025 do Corolla Cross que terá algumas das mudanças adotadas nas versões vendidas no Japão. Uma delas será o fim do famoso pedal do freio de estacionamento, que já caiu em desuso há décadas. Finalmente, será substuído pelo botão do freio eletrônico, no console central.

Outro ponto a ser corrigido na linha 2025 do Corolla Cross é a caixa que fica à mostra, no final do sistema de escapamento, o que acabou levando ao apelido popular de "marmita". Porém, esse capitulo polêmico da história do SUV será definitivamente encerrado com as mudanças que vão ser adotadas. Além disso, o modelo terá retoques bem discretos no desenho, começando pela frente com a reestilizado da grade e do para-choque. 

Quanto ao Corolla Cross XRX Hybrid avaliado, o que mais chamou atenção foi o conforto ao rodar e o baixo consumo de combustível. Conforme dados do Inmetro, o SUV pode fazer até 17,8 km/h de gasolina na cidade (quando o  motor elétrico entra em ação mais vezes) e 14,7 km/l na estrada. Se for usar etanol, os números passam para 11,8 km/l e 9,7 km/l, respectivamente.

No jogo da economia de combustível

Imagem: Divulgação

No lado esquerdo do painel fica o ponteiro do cluster que mostra se as baterias estão sendo recarregadas, se está dirigindo de modo econômico ou ao contrário. Isso acaba estimulando gastar o mínimo possível para ganhar uma nota no final da condução pelo computador de bordo que ainda dá dicas de como melhorar na busca pela economia. 

Mas o tanque de combustível é relativamente pequeno, com apenas 36 litros, o que prejudica a autonomia. Ainda conforme o Inmetro, é possível rodar até 641 km com gasolina na cidade e 529 km na estrada. Com etanol, são 425 km em trechos urbanos e 349 em rodoviários, pisando de leve no acelerador e com ajuda do câmbio automático CVT que simula até 10 marchas.

De qualquer forma, o foco é no baixo consumo. Portanto, não espere um desempenho animador ao volante deste SUV como logo azulado na grade frontal. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em longos 13 segundos, com máxima de 170 km/h, de acordo com a fabricante. E nem compensa querer forçar a barra pisando mais forte no acelerador. 

O motor 1.8 flex é de ciclo Atkinson, que retarda um pouco o fechamento das válvulas de escape, o que contribui com o menor esforço dos pistões para chegarem no PMS (Ponto Morto Superior), economizando combustível. Não é à toa que rende apenas 101 cv com etanol e 14,5 kgfm de torque a 3.600 rpm. Mas conta com o motor elétrico de 72 cv e 16,6 kgfm de toque para ajudar.  

No interior, a central multimídia ainda tem o que evoluir, como não tem acesso nativo à internet. Há sistema de ar-condicionado com regulagem independente de motorista e passageiro e apenas uma entrada USB. Além disso, o carro oferece bom espaço para cinco ocupantes e suas respectivas bagagens no porta-malas de 440 litros. 

Com as mudanças que serão adotadas na linha 2025 do Toyota Corolla Cross, o SUV médio ganhará mais apelo no mercado, que passará a ter cada vez mais concorrentes do segmento, ainda mais depois da aprovação do novo regime automotivo Mover, que estimula a produção dos modelos com baixas emissões.  

Imagem: Carlos Guimarães

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