Teste: Volkswagen Jetta Comfortline 1.4 TSI
Sintonizado com o que h?de mais recente em termos de motorização, o Jetta ?uma discreta (e boa) opção dentro do segmento
Como adiantamos aqui no AUTOO, em dezembro deste ano já está confirmada a estreia da nova geração do Volkswagen Jetta nos EUA, sendo que o lançamento no Brasil deverá ocorrer ao longo de 2018.
Sem dúvida nenhuma já era hora do sedã médio evoluir, ainda mais com a chegada de produtos arrojados como o Honda Civic em sua décima geração. Mas, sinceramente falando, mesmo nesse contexto atual o Volkswagen Jetta ainda vale uma visita nas concessionárias se você está pesquisando sedãs médios ou modelos na faixa de R$ 90.000. O jogo ficou ainda melhor para o Jetta em especial após a chegada do motor 1.4 turbo ao modelo em substituição ao defasado 2.0 flex aspirado oferecido até então. Vale ficar atento (a) que o propulsor 1.4 TSI do Jetta só aceita gasolina.
Oferecida em promoção, a configuração mais interessante – e não por acaso a mais vendida – do Jetta é a Comfortline, que pode ser encontrada nas lojas por R$ 89.990 ou, com uma boa negociação, por até menos do que isso. De série ele traz 4 airbags, controles de tração e estabilidade, rodas de liga leve aro 16”, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, central multimídia com Apple CarPlay e Android Auto, revestimento interno de couro e o controlador de velocidade como os principais itens.
Um rival bem moderno para o Jetta Comfortline é o Chevrolet Cruze, que, por R$ 91.890, você leva para casa na versão LT também com um propulsor 1.4 turbo sob o capô e câmbio automático de 6 marchas. O Cruze LT traz o mesmo pacote de equipamentos que o Jetta Comfortline, mas com alguns mimos extras como as rodas de liga leve aro 17”, o sistema de telemática OnStar e o start-stop para ajudar a reduzir o consumo sobretudo na cidade (e ele, ao contrário do Jetta, também pode rodar com etanol).
O grande problema do Jetta atual vai para a cabine. Não que ela seja pouco espaçosa ou mal acabada, longe disso, só que as formas do painel, console central e tudo que cerca motorista e passageiros já parece datado. É justamente nesse ponto onde o sedã médio da Volkswagen clama por uma revitalização. Se você for no mesmo dia conhecer o Chevrolet Cruze e o Volkswagen Jetta, vai reparar bem no que estou falando.
Mesmo se você rechear o Jetta Comfortline com todos os opcionais disponíveis, no caso o teto solar (R$ 4.545) e o Pacote Exclusive (R$ 5.570), que acrescenta as rodas de liga leve aro 17”, chave presencial com partida por botão e uma robusta central multimídia com navegador integrado, dentre outros itens, a sensação (e o fato) de que o Jetta está uma geração atrás dos rivais não será amenizada.
Mas o Jetta se redime quando você aciona a ignição e coloca o câmbio automático em Drive. Por mais que muitos concorrentes tentem se aproximar dele, o Jetta é um sedã médio muito peculiar quando o assunto é condução esportiva. Com a ótima referência do Volkswagen quando equipado com o 2.0 turbo em sua versão Highline, o Jetta 1.4 turbo não deixa nada a desejar.
A direção elétrica tem o peso e a atuação calibrada na medida certa, o mesmo podemos dizer do conjunto de suspensão. O Jetta Comfortline é um dos poucos sedãs médios que, assim como o Honda Civic, contam com suspensão traseira multibraço, uma disposição mais nobre e que melhora tanto o conforto quanto as respostas dinâmicas do carro. O Jetta tem uma postura claramente mais esportiva, tanto que chega a ser até mais baixo que muitos concorrentes, uma mensagem clara para mostrar a que veio. Até mesmo o pedal do acelerador preso pela base é uma solução tipicamente de modelos mais esportivos.
Segundo a Volkswagen, o Jetta 1.4 TSI automático vai de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos e atinge 203 km/h de velocidade máxima, números excelentes e que nos dizem muito sobre o fôlego do Jetta na hora de rodar. Se você não exagerar no pé direito ele se move por aí com sobriedade, mas, quando você solicita os 150 cv e 25,5 kgfm o sedã responde com um vigor intenso nas acelerações e retomadas, tornando ultrapassagens e mesmo o deslocamento em trechos de serra mais confortáveis para quem ocupa o banco dianteiro esquerdo. Outro ponto excelente do Jetta é que sem abusar você consegue um excelente consumo médio, na casa de 10,4 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada.
Não fosse pelo túnel central traseiro muito elevado, o que compromete levar 5 adultos no Jetta, ao menos 4 adultos não tem do que reclamar da cabine do sedã. O porta-malas do Jetta, com capacidade para 510 litros é um dos melhores do segmento. Uma família viaja com muita tranquilidade e conforto a bordo do Jetta.
Portanto, se você gosta de sedãs ou precisa de um carro espaçoso para a família, tem um orçamento relativamente flexível para sua próxima compra, quer passar longe dos SUVs e gosta de um automóvel que entregue muito prazer ao dirigir, o Volkswagen Jetta Comfortline com o motor 1.4 TSI é uma opção de compra excelente. Como dito ao longo do texto, o modelo só peca pelo interior já datado, porém, em termos mecânicos, ele ainda está em sintonia com o que há de mais recente no segmento. Vale a pena você investir em uma boa negociação na concessionária e estacionar o sedã na sua garagem. Só leve em consideração que no próximo ano ele estreará mudanças profundas, então, se você faz questão de rodar por aí com um modelo atualizado, é melhor esperar um pouco e aguardar alguns meses.
Ficha técnica
Volkswagen Jetta 2017 Comfortline 1.4 16V gasolina automático 4p | |
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Preço | R$ NaN (11/2019) |
Categoria | Sed?médio |
Vendas acumuladas neste ano | 5.796 unidades |
Motor | 4 cilindros, 1395 cm?/td> |
Potência | 150 cv a 5000 rpm (gasolina) |
Torque | 25,5 kgfm a 1500 rpm |
Dimensões | Comprimento 4,644 m, largura 1,778 m, altura 1,473 m, entreeixos 2,651 m |
Peso em ordem de marcha | 1375 kg |
Tanque de combustível | 55 litros |
Porta-malas | 510 litros |