Lançada em 2016, a Fiat Toro chegou para incomodar a Renault Duster Oroch que até então reinava sozinha no mercado de picapes intermediárias. Menor que as médias Ranger e S10, mas maior que as compactas Saveiro e Strada, ela chegou em cinco versões e duas opções de motor. 

VEJA TAMBÉM:

• Por R$ 60 mil: veja as principais dicas antes de comprar a Renault Duster usada
• Por R$ 33,9 mil, Chevrolet Montana usada é a picape com melhor custo-benefício

A sua base era a mesma do Renegade e aí está a primeira vantagem de comprá-la. Ela compartilha inúmeras peças com o SUV da Jeep, incluindo os dois motores, o 1.8 flex, com alguns retrabalhado para render 139/135 cv e 2.0 turbodiesel de 170 cv.

Na lista de itens de série, desde a opção de entrada Freedom já trazia controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, controlador de velocidade de cruzeiro, sensor de estacionamento traseiro, câmbio automático de 9 marchas e muito mais. Opcionalmente havia a tração 4x4 disponível com o propulsor diesel, sempre com transmissão manual de seis velocidades. Já na topo de linha Volcano, disponível só com motor turbodiesel e tração integral, a caixa também era automática, porém com 9 marchas.

Outras novidades ainda surgiram em 2016 com o 2.4 flex de 186/174 cv para a Freedom a qual em 2018 passava a contar também com a opção 2.0 turbo automática que substituiu a 1.8 flex.

Na linha 2019 veio a nova versão de entrada Endurance, enquanto que a Freedom deixou de ser oferecida com o câmbio manual e o motor 2.4 flex. Outras novidades se resumiram a Ranch que passou a ser a topo de linha e vendida exclusivamente com motor 2.0 turbodiesel, câmbio automático de nove marchas e tração 4x4 e acabamento mais requintado.

Esta variante se diferenciava pelos estribos laterais, retrovisores, gancho de reboque removível e santantônio cromados, além da lista de itens de série mais recheada com ar-condicionado bizona, sensores de chuva e crepuscular, câmera de ré e volante multifuncional como destaques.

Em 2021, após cinco anos de seu lançamento, a picape ganhava a sua primeira reestilização com direito ao novo logo da Fiat. Junto a isso, a linha acrescentou painel digital e motor turbo flexível 1.3 16V (185/180 cv).

PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO 

Imagem: Divulgação

• Caçamba

A caçamba da picape tem protetor, o que é um bom sinal para evitar riscos e amassados com cargas mais pesadas. No entanto, alguns vão mais além e acabam judiando. Se tiver riscos profundos ou rasgos no acabamento plástico da proteção, é um claro sinal de que foi submetida a serviços mais severos.

Falando na capota marítima (aquela capa de lona que cobre a caçamba), é comum relatos de muita entrada de água, o que deixa muitos donos insatisfeitos e sem solução para resolver o caso junto à Fiat. 

Nesse caso, a possível solução é recorrer às lojas paralelas que vendem kits de vedação para capota e tampa traseira ao custo médio de R$ 295. O bom disso é que não precisa furar a caçamba e, por isso, não tira a originalidade do veículo.

• Parafusos de rodas

Inúmeros casos envolvendo a quebra de um ou até cinco parafusos de uma só vez tem amedrontado muitos donos da picape da Fiat, sob o risco de causar graves acidentes com a soltura das rodas.

Basta pesquisar em fóruns, grupos do modelo e até sites de reclamação como o Reclame Aqui e perceber que não se trata de um caso isolado. 

Até o momento, a Fiat não efetuou um recall dos parafusos.

• Central Multimídia

A tela vertical da central multimídia de 10 polegadas de alguns modelos da picape apresenta ineficiência de uso. Entre alguns dos problemas mais comentados estão constantes erros de conexão, desligamento involuntário, travamento da tela touch screen, lentidão de resposta, entre outros itens.

São inconvenientes em unidades novas e com pouco tempo de uso. Em uma das reclamações de um cliente do Rio de Janeiro, RJ, feita no dia 23/11/2021 no Reclame Aqui, em nota, a Fiat respondeu: “Verificamos que um profissional da concessionária entrou em contato para esclarecer o ocorrido. Salientamos que não se trata de um problema ou defeito na central multimídia e a incompatibilidade por atualizações do IOS e Android em alguns aparelhos celulares”.

• Recall

Verifique se o dono realizou os recalls das trocas da trava do suporte do estepe, central de injeção, relés dos sistemas de injeção e ignição, coxins do motor, bomba de alta pressão de combustível e fechos do cinto de segurança. Além disso, a picape também passou pela configuração do sistema de controle do motor, inspeção do sistema de regeneração do filtro de diesel e instalação de proteção do filtro de combustível. Vale ressaltar que os serviços vão depender do ano-modelo e versão do utilitário. Na dúvida,  com o número do chassi em mãos, acesse o site //servicos.fiat.com.br/recall.html.

MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR

Imagem: Divulgação

Com inúmeras opções no mercado, tudo vai depender do gosto e preferência. Resumidamente, a dica é optar pelas opções equipadas com motor turbo flex 1.3 16V, implementadas na Toro a partir da linha 2022. Segundo a Fiat na época do lançamento, este propulsor ficou até 13% mais econômico, comparado ao 2.4 Tigershark e 5% menos beberrão em relação ao 1.8. São modelos que podem ser encontrados com preço médio de R$ 110 mil.

Abaixo disso, sugerimos a 2.0 turbo diesel manual da primeira leva que é vendida, em média, por R$ 80 mil. Lembre-se que ela tem desempenho e consumo superiores ao da opção 1.8 flex automática que é oferecida por R$ 70 mil, no caso a Freedom.

No mais, todas são muito bem equipadas e tem ótimo espaço interno, incluindo a caçamba de 937 litros. Portanto, escolha a que melhor cabe no seu orçamento e necessidade e boa "garimpada".

Siga o AUTOO nas redes: | | | |

Fiat Toro 2019