A Volkswagen lançou nesta terça-feira (13) seu primeiro veículo elétrico no Brasil. Se você pensou nos modernos ID.3, ID.4, ou mesmo no e-up!, que acaba de chegar ao Uruguai, errou.

O primeiro elétrico da empresa no país é o caminhão e-Delivery, com versões que podem carregar 11 ou 14 toneladas.

O preço não foi divulgado, mas Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus afirmou que ele será de 2,5 a 3 vezes mais caro do que um similar a diesel.

Como comparação, um Delivery 11.180 a diesel, equivalente ao modelo elétrico de menor capacidade, custa R$ 275 mil. Fazendo as contas, o preço do e-Delivery de 11 toneladas pode chegar a R$ 825 mil.

Já um 13.180, também a diesel, beira os R$ 300 mil. Com isso, o similar elétrico pode até alcançar os R$ 900 mil.

A Volkswagen afirma, porém, que essa enorme diferença no preço de compra será diluída no custo total de operação – principalmente se os veículos forem carregados durante a noite, quando energia elétrica é mais barata.

Além disso, a manutenção também é mais em conta. Afinal, não há um motor repleto de partes móveis que podem quebrar e exigem revisões constantes.

O e-Delivery tem motor elétrico de 408 cv e 219,2 kgfm e pode rodar até 250 km com uma carga. A Volkswagen afirma que 80% dessa autonomia pode ser recuperada em 45 minutos em um carregador rápido.

De série, os caminhões têm seis conjuntos de baterias, espalhados pelo chassi. Se preferir uma autonomia menor, mas um veículo mais leve, o cliente pode manter apenas metade dos kits.

Pensado para as cidades

O caminhão elétrico da Volkswagen foi pensado para entregas nas grandes cidades brasileiras, onde, no futuro, podem ser implantadas zonas de restrição de circulação de veículos mais poluentes.

O e-Delivery foi desenvolvido no Brasil, e roda em testes entregando bebidas para a Ambev em São Paulo desde 2018.

A gigante do setor de bebidas, aliás, foi a primeira cliente do e-Delivery. Há uma intenção de compra de 1.600 unidades, e um pedido de 100 exemplares, com entregas até outubro desse ano.

Imagem: Divulgação

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