Picape BYD Shark híbrida ser?páreo para hoje imbatível Toyota Hilux a diesel?
Caminhonete eletrificada pode fazer at?65 km/l, mas capacidade de carga da líder de vendas ?maior
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Está marcada para setembro a chegada da híbrida BYD Shark. Será uma ruptura no mercado de picapes médias que conhecemos, repleto de caminhonetes a diesel. Então será que o motor a gasolina e dois elétricos serão capazes de encarar a líder de vendas Toyota Hilux?
Primeiro de tudo, seria bom saber o preço com que a BYD vai vender sua picape aqui no Brasil. É difícil projetar um número, mas a marca prometeu que ela será competitiva. Em uma conversão direta com os preços anunciados no México, seria algo em torno de R$ 274 mil a R$ 295 mil. Ao mesmo tempo, a Toyota oferece a Hilux entre R$ 242.590 e R$ 334.890 em suas versões tradicionais. Tem ainda a GR-Sport, mais potente, por R$ 372.890.
Mas vamos comparar o que já sabemos da picape híbrida. Temos em mãos a potência, o desempenho e o consumo da caminhonete, que são empolgantes. Não tanto quanto a capacidade de carga, baixo devido ao peso elevado da Shark por causa da bateria. Então antes de decidir se espera até setembro ou fecha em uma tradicional Hilux, vamos aos fatos.
Motorização
A Shark vem com um motor 1.5 turbo de 192 cv, combinado a outros dois elétricos: um dianteiro de 228 cv e 31,6 kgfm e outro traseiro, de 201 cv e 34,7 kgfm. Desta forma, a potência total é de 430 cv. O torque combinado ainda não foi revelado.
A Hilux tem sempre o 2.8 turbodiesel, mas em duas versões: as regulares entregam 204 cv e 50,9 kgfm, enquanto a esportiva GR-Sport tem 224 cv e 55 kgfm. O câmbio é automático de seis marchas.
A tração 4x4 da Shark funciona com os motores elétricos funcionando individualmente em cada eixo. O controle é feito automaticamente ou com o motorista escolhendo os modos eco, lama, areia ou neve.
Já na Hilux é o sistema já conhecido, com reduzida e bloqueio do diferencial. O desempenho fora do asfalto da Toyota já é reconhecidamente bom. Falta saber como a Shark vai se sair nos primeiros testes.
Consumo
Quando o motorista da BYD Shark está usando apenas o motor a gasolina, as marcas ficam em 13,3 km/l, segundo a marca. Porém, usando os motores elétricos no modo híbrido, o consumo vai para 65 km/l. Com bateria carregada e tanque de cheio, pode rodar até 840 km.
A Hilux tem médias de consumo de 10,1 km/l na cidade de 11,3 km/l na estrada nas versões com câmbio automático. Já na versão GR-Sport, que também é automática, os números caem para 9,5 km/l na cidade e 10,7 km/l em ciclo rodoviário. Levando em consideração a versão mais econômica, a autonomia pode chegar a 904 km com o tanque de 80 litros cheio de diesel.
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Dimensões e capacidades
A Shark é maior que a Hilux em todas as medidas. No comprimento vence por 5,46 m a 5,32 m, 1,96 m a 1,85 m na largura e 1,89 m a 1,81 m na altura. A distância entre-eixos da BYD é bem maior, com 3,26 m contra os 3,08 m da rival feita na Argentina. Essa medida é diretamente responsável pelo espaço interno e aproveitamento da cabine.
O volume da caçamba da Shark em litros não foi revelado. Só que tem 1,52 m de comprimento, 1,50 m de largura e 51,7 cm de altura. O cálculo do volume precisaria levar em conta o espaço ocupado pelas caixas de roda. A caçamba da Hilux tem 1,57 m de comprimento, 1,65 m de largura e 48,1 cm de altura. O volume é de 1.580 litros.
O problema está na capacidade de carga. A Shark pode levar menos peso, 835 kg, enquanto a Hilux pode suportar 1.190 kg. A explicação para isso é que boa parte dessa capacidade é perdida pelo peso da própria picape.
Com três motores e o conjunto de bateria, a caminhonete da BYD pesa 2.665 kg. Com a capacidade total, bate nos 3.500 kg, limite para poder ser dirigida com CNH (categoria nacional de habilitação) da categoria B. Já a Hilux pesa 2.140 kg em sua versão mais gordinha. O PBT (peso bruto total) dela, então, fica em 3.140 kg.
Além disso, a Toyota tem capacidade de rebocar uma tonelada a mais que a Shark. Donos de Hilux podem engatar cargas de até 3.500 kg no gancho traseiro de sua picape, enquanto os proprietários da BYD podem rebocar somente 2.500 kg.
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Apaixonado por carros desde criança, se formou em jornalismo para trabalhar com automóveis. Realiza esse sonho desde 2006, e participando no AUTOO a partir de 2023