Dá para afirmar que um veículo que já teve 700 mil unidades produzidas é um fracasso comercial? Claro que não, mas para a Volkswagen isso não foi o suficiente para que uma segunda geração da picape média Amarok seja produzida na Argentina.

A filial da montadora alemã acaba de comemorar o significativo marco de produção na unidade de Pacheco, obtido após 14 anos.

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O veículo foi precursor da sofisticação pela qual passou o segmento de picapes médias, junto da também argentina Hilux, que anos antes introduziu um padrão de conforto até então nunca visto.

Mas a Amarok foi além, incorporando diversas tecnologias de direção e um acerto mecânico digno de um automóvel. Vale lembrar que naquela época algumas rivais ainda usavam suspensões antiquadas e acionamento do 4x4 por alavanca manual.

Imagem: Divulgação

O volume de vendas foi bastante elevado no começo da carreira da Amarok, proporcionando uma produção recorde de 77 mil unidades em 2011, seu melhor desempenho anual.

Mas, a despeito de a categoria ter evoluções mais distanciadas, a picape da VW manteve sempre um bom volume de produção, só abalado pela pandemia em 2020 - ainda assim 26 mil picapes saíram da fábrica argentina.

Tapa no visual e 2ª geração distante

Diante de um bom retrospecto como esse, uma empresa certamente partiria para uma segunda geração, corrigindo pontos fracos e melhorando ainda mais suas virtudes. Mas não no caso da Volks.

A empresa alemã desistiu de bolar uma nova Amarok com seu "DNA", para usar um velho jargão. Em vez disso, se associou à rival Ford para usar a base da nova Ranger na nova caminhonete.

Imagem: Projeção Kleber Silva

Esse Amarok II, no entanto, será produzida na África do Sul e exportada para outros mercados que não o sul-americano.

Por aqui, continuaremos com a pioneira Amarok, mas atualizada esteticamente em linha a ser lançada em 2024. Uma pena, ainda mais vendo suas concorrentes investindo em seus veículos.