Novo VW Golf GTI tem truque no motor para ser mais potente que Jetta GLI

Hatch esportivo também compartilha o mesmo câmbio DSG automatizado, de sete marchas
Volkswagen Golf 2025

Volkswagen Golf 2025 | Imagem: Divulgação

Para a alegria dos fãs brasileiros, o Volkswagen Golf GTI estará de volta em 2025. A chegada da geração 8,5 do hatch médio esportivo ao Brasil foi confirmado pelo CEO da marca, Ciro Possobom. 

A primeira leva do Golf GTI que chegou ao Brasil veio em 1994, importada do México em sua terceira geração (MK3) e oferecida apenas com duas portas. Dotada de motor 2.0 de respeitosos 114 cavalos de potência, logo se tornaria o mais novo sonho de consumo da garotada. 

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Em 1997, o esportivo deixou o Brasil voltando apenas na nova carroceria (MK4) e oferecida apenas com quatro portas e propulsor turbo 1.8 20V de 150 cv, o mesmo do Audi A3. Nacionalizado desde 1999, o Golf ganhou 30 cv (180 cv) em 2002, além de estrear a opção do câmbio automático de cinco marchas (Tiptronic).

Em 2009, o GTI deixou de ser produzido no Brasil, retornando apenas no final de 2013, com a sétima geração importada da Alemanha com motor 2.0 turbo de 220 cv que, em 2018, subiu para 230 cv. O fim do Golf GTI chegou já no ano seguinte.

Com a missão de peitar outros hot hatches de respeito como Honda Civic Type R (297 cv) e GR Corolla (304 cv) no Brasil, a Volkswagen não pensou duas vezes e tratou de preparar o passaporte do Golf GTI.

A oitava geração do Golf GTI é novamente baseada na bem-sucedida arquitetura transversal modular MQB, permitindo, neste caso, proporções ainda mais esportivas.

Detalhes que fazem a diferença

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Imagem: Divulgação

O motor 2.0 turbo da família EA888 é o mesmo da sétima geração, porém com alguns temperos extras para extrair até 265 cavalos de potência, com a colaboração do câmbio DSG automatizado de sete marchas banhado a óleo e dupla embreagem. Vale lembrar que em alguns mercados, o GTI é oferecido com a caixa manual de seis.

Tudo bem que ele é mais “contido” que os rivais acima citados, mas em relação ao último GTI vendido no Brasil, já é um avanço - um ganho de 15%. Seja como for, na prova de desempenho, o Golf GTI faz de zero a 100 km/h em 5,9 segundos e 250 km/h de velocidade final. O sedã esportivo Jetta GLI que traz o mesmo conjunto motriz e faz de 0 a 100 km/h em 6,7 s e máxima de 250 km/h.

Apesar do Golf GTI ser um pouco mais rápido que o Jetta GLI, a explicação vai além do peso final, que no caso do hatch quase empata com o sedã por conta da tecnologia atualizada. Mas, os 35 cv de potência do GTI o colocam em vantagem, em parte ao bom retrabalho no mapeamento do módulo de controle do motor. 

Além disso, segundo a fabricante, o propulsor EA888 evo4 foi aprimorado para otimizar a potência. Para isso, o sistema de injeção direta de combustível de alta pressão foi atualizado. Na prática, o atrito interno foi minimizado, o que ajudou o GTI a manter seu pico de torque em uma faixa de rpm mais ampla (37,7 kgfm a 1.600 rpm contra 35,7 kgfm a 1.500 rpm do GTI anterior) e, com isso, deu ao Golf GTI potência de tração visivelmente maior.

Resta agora saber quanto tudo isso vai custar para o brasileiro. O Toyota GR Corolla na versão mais “simples” (Core) não sai por menos de R$ 416.990. Já outro asiático, o Honda Civic Type R, vendido em versão única custa R$ 429.900. Então, podemos esperar que o Golf GTI tenha preço inicial entre R$ 400 mil a R$ 420 mil. Vamos aguardar.

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Fernando Garcia

Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.

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