Nissan Kicks usado ?opção de SUV urbano com preço de Fiat Mobi 0 km
Com valores médios de R$ 70 mil, modelo da marca japonesa oferece mais espaço e melhor custo-benefício
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Concorrente de Renault Captur, Jeep Renegade, Honda HR-V, Ford EcoSport e Peugeot 2008, o Nissan Kicks surgiu por aqui em 2016, importado do México e com motor flexível 1.6 de 114 cv de potência - com etanol e gasolina - e câmbio CVT que simula seis marchas.
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Essa motorização estava disponível desde a versão de entrada, sem nomenclatura, quanto na mais equipada SV Limited, lançada alguns meses depois. Ainda no mesmo ano, o modelo ganhou a série especial Rio 2016 - baseada na SL - alusiva aos Jogos Olímpicos do ano cujo evento foi patrocinado pela montadora.
Com um bom custo-benefício, o crossover desde as versões mais simples já traz dois airbags (motorista e passageiro), ar-condicionado, alarme, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, freios ABS com EBD e assistência de frenagem, rádio com entrada para MP3 player, conector USB e Bluetooth, direção elétrica, computador de bordo, entre outros itens.
Em 2017, o Kicks passou a ser fabricado no Brasil nas versões S e câmbio manual de cinco marchas, SL e SV que perdeu o nome Limited. Com praticamente as mesmas medidas do Creta (4,29 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,59 m de altura e 2,62 m de entre-eixos), o porta-malas comporta 432 litros (1 litro a mais que o do Creta), o que faz dele um ótimo candidato se você tenha família pequena.
A maior mudança ocorrida só veio em 2021 com a reestilização que compreendeu o conjunto frontal mais agressivo com grade maior, faróis e capô redesenhados. Junto a isso, o modelo passou a vir mais equipado com mais acessórios tecnológicos e de segurança como alerta de Tráfego Cruzado Traseiro (RCTA), monitoramento de Ponto Cego (BSW), alerta Inteligente de Mudanças de Faixa (LDW) e acendimento Inteligente dos faróis com ajuste de altura e intensidade (HBA).
PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO
- Caixa de direção
A caixa de direção do SUV da Nissan vem sendo alvo de constantes reclamações. Em uma publicação feita em maio de 2022 pela revista Quatro Rodas, “proprietários do Nissan Kicks reclamam das constantes trocas da caixa de direção”. Um dos clientes relatou que seu Kicks S 1.6 2018 precisou trocar a peça com 10 mil, 20 mil, 30 mil e 50 mil km. Como se não bastasse, segundo o dono, ainda existia a folga no lado esquerdo e que seria necessário a quinta substituição. Vale ressaltar que o carro estava fora da garantia. O “vilão da história parece ser a bucha interna da cremalheira, feita de resina, referência 48001-5RAO A, que o boletim mais recente mandou substituir por um Duplo O’ring, referência 48001-5RAO B”, conforme foi citado na reportagem.
- Módulo ABS
Não é incomum proprietários reclamarem da luz do ABS e do controle de estabilidade que acendem no painel. A origem está no módulo de ABS defeituoso que, conforme as inúmeras reclamações postadas em sites, redes sociais e fóruns, trata-se de um problema crônico.
Portanto, cheque com atenção se a luz permanece acesa, mesmo após a partida do veículo e se estiver fora da garantia, só o custo da peça é de, pasmem, mais de R$ 15 mil reais. O valor foi relatado por um dono irritado que pediu através do site Reclame Aqui para a marca que realizasse um recall. Em resposta, a Nissan comentou “O seu Kicks 2017/2018 está fora do período de garantia (Manual de Garantia, página 10-6, item 1), no entanto, a concessionária identificou que é necessário substituir o módulo ABS. As demais informações foram encaminhadas por interação privada”.
Em uma publicação feita em dezembro de 2022, a revista Quatro Rodas chegou a comentar que a Nissan cobrou R$ 20 mil a um de seus clientes pela troca da peça nos veículos fora de garantia.
- Ar-condicionado
De acordo com grupos e fóruns relacionados ao modelo como o nissanclube.net.br, o sistema do ar-condicionado para de gelar do nada. A explicação está na fuga do gás refrigerante, responsável pelo resfriamento do sistema. Em 2021, um dos membros reclamou que ao fazer o orçamento do serviço na autorizada, seria preciso trocar a caixa evaporadora completa e não só o evaporador, que é por onde deveria estar vazando. O custo, segundo ele, ficou em mais de R$ 10 mil, com 20% de desconto. Por fim, ele explicou que, como estava fora da garantia, preferiu efetuar o serviço fora da loja credenciada da Nissan e trocar apenas o evaporador.
- Eixo traseiro
Outro problema bastante recorrente entre os donos de Kicks é a quebra do eixo traseiro, mesmo em unidades mais novas e pouco rodadas, conforme alguns dos casos que foram postados no site Reclame Aqui. Se estiver fora da garantia (três anos), você terá de arcar com um custo salgado de mais de cerca de R$ 8 mil. Sendo assim, verifique com cuidado a parte de baixo e certifique-se com o proprietário se já foi feita a troca deste componente.
- Recall
No final de 2018, juntamente com o Versa, o Kicks foi convocado pela Nissan para a correção do posicionamento e, se necessária, a troca do banco do passageiro dianteiro. Segundo a marca, foram 245 unidades dos dois modelos (131 do SUV e 114 do sedã). No caso do Kicks, as unidades correspondem aos números de chassis 94DFCAP15JB138845 a 94DFCAP15JB139296. Se porventura, o carro não foi feito o reparo, basta agendar pelo site da montadora 0800 011 1090 ou nissan.com.br. O serviço é gratuito.
MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR
A boa reputação da marca Nissan se iguala à Honda e Toyota e isso é um fator preponderante na hora da compra, além é claro do excelente custo-benefício. Mas, devido aos constantes problemas crônicos (o que pode acontecer com qualquer outra montadora), dê preferência para os carros com a manutenção em dia. Se possível e se o orçamento permitir, prefira os Kicks originais e com garantia de fábrica. A Nissan concede três anos de benefício para seus clientes.
Com preços que se iniciam de R$ 60 mil, exemplo das versões de entrada e vai até R$ 95 mil a exemplo dos topos de linha. Seja qual for a opção desejada, todas têm boa aceitação no mercado, mesmo as com câmbio mecânico - elas ainda têm a sua preferência por alguns.
Como dicas das unidades para serem evitadas, recomendamos fugir das bicolores, ou seja, com a combinação de teto pintado de cor diferente, como o exótico laranja ou vermelho.
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Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.