Minivan pioneira da Renault, Scénic dever?sair de linha
Segundo fontes da agência Reuters, montadora francesa ir?reduzir portfólio de carros, aposentando também a van Espace e o sedan Talisman para focar em SUVs e crossovers
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Uma das pioneiras minivans do mercado, a Scénic estaria com os dias contados. A Renault está finalizando um plano de contenção de despesas que pretende reduzir o portfólio de produtos, afirmou a agência Reuters. Entre os modelos descartados estão também a van Espace e o sedan grande Talisman, além da própria Scénic.
O anúcio dos cortes de custos deve ocorrer no final de maio e mirar uma redução de 2 bilhões de euros nos próximos três anos. "O projeto ainda não está completamente pronto, mas o Espace, a (minivan) Scénic e o sedan Talisman já devem ser considerados descartados no futuro programa de produtos, é praticamente certo que esses modelos parem", afirmou uma fonte à Reuters.
Em vez de carros familiares, a marca fará o óbvio: mais utilitários esportivos e crossovers, que hoje respondem pela maior parte das vendas. Para enfrentar a crise causada pela pandemia do coronavírus e também o conflito com a parceira Nissan após o afastamento do ex-CEO Carlos Ghosn, a Renault está negociando um pacote de ajuda do governo francês (que detém 15% das suas ações) que pode chegar a 5 bilhões de euros.
Ainda de acordo com a agência, a Scénic e a Espace serão substituídas pela nova geração do SUV Kadjar na Europa e que terá versões de cinco e sete lugares.
Carreira em declínio
A Scénic foi lançada pela Renault em 1996 e chegou ao mercado europeu no ano seguinte. O ápice de vendas ocorreu em 2004 quando quase 320 mil unidades foram comercializadas na Europa. Desde então, o interesse pela minivan tem caído a despeito de o modelo ter estreado duas novas gerações, em 2009 e 2016. A atual geração, no entanto, teve somente 76 mil carros emplacados no ano passado e 9,4 mil no primeiro trimestre de 2020.
No Brasil, a Scénic foi um dos primeiros produtos da marca em sua nova fábrica em São José dos Pinhais, junto ao Clio de segunda geração, em 1998. Assim como no Velho Continente, a minivan estreou com o prefixo Mégane, o modelo médio da montadora.
A primeira geração teve boa recepção, mas logo ganhou concorrentes, a Zafira, da Chevrolet, e a Picasso, da Citroën. Após anos com vendas medianas, a Renault decidiu encerrar sua produção e importar a segunda geração que também oferecia uma versão de sete lugares. Com o declínio do interesse por minivans, a montadora aposentou o modelo no país em 2010.
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