Assim como a maioria dos motoristas de carros elétricos, já vivi vários dissabores no momento de recarregar em eletropostos públicos e semipúblicos – e todos não por problema no veículo ou no equipamento, mas sim pelo comportamento de usuários que chegaram antes.

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Veículo a combustão ou mesmo eletrificado ocupando vaga de recarga sem carregar e carros que já estão 100% carregados e seus donos desaparecidos são dois dos principais problemas. Em todas as oportunidades procurei os responsáveis pelo local para relatar o ocorrido, e em todas as vezes ouvi: “Não podemos fazer nada, temos que contar com o bom senso das pessoas”.

Bem: já que o bom senso anda bastante raro, uma solução real se apresentou. A rede de eletropostos da WeCharge – que gerencia, entre outros, os carregadores rápidos da EDP – passou a adotar a necessária taxa de tempo ocioso.

Funciona assim: quando a recarga é finalizada, o app que administra o processo envia uma mensagem para o celular do usuário. Se em quinze minutos ele não aparecer para tirar o veículo, liberando o carregador para o próximo usuário, começa a pagar uma taxa adicional (ou seja, além do valor da recarga) de R$ 0,50 por minuto.

Imagem: Divulgação

A WeCharge explica que “com a expansão da frota de veículos elétricos, manter o fluxo nos eletropostos é essencial para uma boa experiência para todos os motoristas. Por isso, para melhorar a disponibilidade dos eletropostos, iniciamos a cobrança adicional para os motoristas que permanecerem nos eletropostos após sua recarga finalizada”.

Essa foi a justifica corporativa, mas eu aqui posso traduzir esse texto para “informamos que já que esses folgados não se tocam, vamos pesar no bolso deles para ver se tomam alguma atitude”. Particularmente achei o prazo alongado demais e o valor muito baixo. O aviso deveria chegar ao celular do usuário com 90% da carga, para que ele esteja junto ao veículo assim que o 100% seja atingido, com tempo-limite de dois minutos e cobrança adicional de algo como R$ 10 por minuto. Mas já é um (bom) começo.

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