Lembra do Dodge Journey? Modelo virou um SUV e foi avaliado no México
Agora com origem chinesa, carro foi aprovado pela imprensa do país norte-americano
Comente e compartilhe
O Dodge Journey escreveu um importante capítulo na história da então FCA. O crossover foi um dos primeiros produtos da fusão entre Fiat e Chrysler, tanto é que deu origem ao Freemont, que fez relativo sucesso no Brasil e em outros mercados da América Latina, como o México.
Foi lá que a Dodge reviveu o nome Journey de uma maneira inusitada. A empresa firmou uma parceria com a chinesa GAC para vender o utilitário utilitário GS5 com a logomarca da marca norte-americana.
Os colegas do já avaliaram o modelo no país norte-americano - e gostaram do que viram.
Design agrada
Verdade seja dita: a equipe de design se esforçou para disfarçar o parentesco entre o Journey e o GS5. Estão presentes no novo Journey vários elementos de estilo da Dodge, especialmente na traseira, que ostenta as lanternas interligadas por uma enorme barra de LEDs.
Embora seja quase 20 cm mais curto do que o modelo que conhecíamos aqui no Brasil, o "novo" Journey está entre os maiores SUVs de sua categoria, já que tem 4,69 m de comprimento.
Porém, o modelo é vendido apenas na configuração de cinco pessoas, enquanto o Journey anterior contava com versão para 7 passageiros, um de seus principais trunfos.
Diferente dos chineses
A cabine tem acabamento de boa qualidade e "acima da média", inclusive em relação a outros modelos chineses, de acordo com o Motorpasión.
"Toda a parte inferior do painel de instrumentos possui plástico de toque suave aos dedos, e parte dos painéis das portas, quadro de instrumentos e do console central são revestidos em couro. Há plástico duro na parte inferior, mas nada de diferente da maioria dos SUVs compactos".
A equipe do Motorpasión também elogiou a posição de dirigir. "O volante não é excessivamente inclinado e traz coluna de direção com regulagem de profundidade".
A lista de equipamentos tem algumas ausências sentidas nas versões de entrada, como a oferta de apenas quatro airbags. A maioria dos rivais sai de fabrica com seis bolsas infláveis.
Na versão topo de linha GT, a história é bem diferente. O novo Journey traz itens como teto solar panorâmico, painel digital, central multimídia com tela tátil de oito polegadas, bancos dianteiros com regulagens elétricas, câmera com visão em 360 graus, faróis full LED, sensor de chuva, freio de estacionamento elétrico, frenagem autônoma de emergência, sensor de pontos cegos e assistente de permanência em faixa de rolamento.
Exceção entre os Dodge
A Dodge é reconhecida por investir em modelos de bom desempenho, mas não é o que acontece com o Journey.
O modelo tem um motor 1.5 turbo de 169 cv e torque máximo de 26,9 kgfm. De acordo com o Motorpasión, o turbolag é sentido nas arrancadas.
"Esse modelo aposta tudo no conforto e isso pode ser notado desde o primeiro instante. Todas as reações são suaves e a suspensão absorve os impactos com eficiência. A direção tem assistência em excesso, mas tem respostas rápidas e diretas", escreveram os mexicanos.
Na estrada, o SUV agrada pelo silêncio a bordo, fruto de um isolamento acústico de qualidade. "Se o motorista levar o carro ao limite, a carroceria inclina de forma significativa e acaba com qualquer pretensão de uma condução mais divertida".
A transmissão automática de seis marchas é da Aisin, que fornece caixas para as maiores fabricantes do mundo. Quanto ao consumo, o Motorpasión afirma ter obtido uma média urbana de 9,1 km/l.
Aprovado
No fim das contas, o Motorpasión aprovou o novo Journey.
"É o melhor carro chinês que já avaliamos, a ponto de nem valer a pena ressaltar sua origem. Além disso, conta com toda a cobertura da Dodge e tecnologia que convence em termos de entretenimento e segurança", concluiu a publicação.
Até o momento não há qualquer sinalização da Stellantis de que o modelo poderá chegar ao mercado brasileiro. Atualmente, a marca Dodge já não comercializa nenhum automóvel novo no país.