JAC volta a competir no segmento de VUC com o novo V260

Caminhão urbano chega para o lugar do T140, importado durante 2013 e 2014, com preço de R$ 70 mil
JAC V260 2018

JAC V260 2018 | Imagem: Divulgação

A curta e limitada experiência no segmento de VUC (Veículos Urbanos de Carga) da JAC Motors terminou com as exigências do Inovar Auto e os 30 pontos extras de IPI. Seu primeiro modelo, o T140, chegou ao mercado no início de 2013, mas já no final de 2014, a marca chinesa encerrou a importação com apenas 500 unidades comercializadas.

Agora, com o iminente fim do programa que quase dizimou o mercado de importados, a JAC volta a lançar um comercial leve. Em vez do T140, chega ao mercado o V260, um pequeno caminhão de 3,2 toneladas e capacidade de transportar até 1.510 kg.

Entre as novidades do modelo estão o motor diesel 2.0 litros com 103 cv de potência e torque máximo de 26,5 kgfm a partir de 1.800 rpm. Segundo a JAC, é o maior torque da categoria – os rivais Hyundai HR e Kia Bongo usam o mesmo motor 2.5 litros com 130 cv de potência e 26 kgfm de torque, porém, a 1.500 rpm.

A transmissão é de seis velocidades com trocas manuais, assim como os modelos coreanos. Assim com eles, o V260 vem equipado com rodas aro 15 polegadas e direção assistida. A montadora chinesa também aposta numa estrutura mais reforçada no chassi para garantir uma maior durabilidade do conjunto.

Mais econômico

Com um motor de menor cilindrada, espera-se que JAC seja mais econômico também, embora os dados de consumo não tenham sido divulgados. Uma coisa é certa: o preço, de R$ 69.990, é mais em conta que o HR (R$ 73.720) e o Bongo (R$ 73.990).

Um item interessante do V260 é câmera frontal, instalada no retrovisor central e que grava imagens num cartão de memória. A aposta da JAC é que em 2018, com o programa Rota 2030, mais aberto ao mercado externo, as vendas do V260 ultrapassem com folga as 500 unidades do T140.

Mercado dizimado

A introdução do IPI extra para importados e o dólar elevado literalmente aniquilaram o mercado de comerciais leves importados. Marcas como Changan, Effa, Jinbei, Hafei e Rely praticamente pararam de operar quando não desapareceram – algo que Chery, Lifan e JAC conseguiram superar por venderem modelos de passeio.

Com o lento reaquecimento do mercado e a ausência de produtos versáteis, é possível que essa categoria volte a ter importância a partir do ano que vem. Para a JAC, que nasceu como fabricante de caminhões, é uma ótima notícia.

Ricardo Meier

Comenta o mercado de vendas de automóveis e tendências sustentáveis

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