Há quem esteja disposto a pagar mais caro pelas versões mais equipadas de certos modelos.  Mas nem sempre essa é a melhor escolha. No caso do Hyundai HB20, agora são 12 versões com a inclusão da bem mais simples Sense com câmbio automático e o mesmo motor turboflex com injeção direta da topo de linha Platinum Plus que avaliamos e que custa R$120.390.

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Entre os equipamentos de série desse modelo mais completo, há assistência de permanência de faixa que move o volante automaticamente, caso necessário, sistema de frenagem de emergência, troca de marchas no volante, alerta de ponto cego, entre vários outros equipamentos.

Algumas assistências são válidas, úteis e funcionam bem, como o alerta de ponto cego, mas o sistema que move o volante para manter o carro dentro da faixa é algo dispensável. De qualquer forma, o saldo é positivo se for considerar o que realmente vale a pena ter. Além disso, dirigindo o HB20 mais bem equipado no dia a dia,  dá para notar que o funcionamento do câmbio automático de seis marchas foi programado para manter o menor consumo possível.

Bom folego e itens polêmicos

Imagem: Divulgação

Mas isso acaba obrigando a provocar reduções de marcha com  pisadas mais fortes no acelerador para  despertar o 1.0 turbo, de três cilindros, com injeção direta, de 120 cv e bons 17,5 kgfm a menos 1.750 rpm, o que garante boa agilidade.

O que fica difícil de entender é como a Hyundai resolveu tirar o tradicional ponteiro do contagiros e substituí-lo por  apenas por números que mudam conforme a rotação sobe ou diminui, como se fossem as medições de uma balança ou algo do gênero. Não apenas para os puristas, mas acredito que a grande maioria deve ter achado essa decisão bem estranha.

Bem, afora esse deslize, o novo H20 Platinum Plus agradou tanto na cidade quando em trechos rodoviários, com boa estabilidade, freios que funcionam a contento, sistema de som de qualidade com comandos no volante e visibilidade adequada.

Os faróis poderiam ser de LED, não apenas a luz de posição diurna, o que acaba não contribundo com a eficiência. Pelo menos, na traseira, as novas lanternas enchem os olhos com um filete luminoso que percorre toda a largura do carro. Porém, acho que os piscas estão em uma posição muito baixa, na base do para-choque, o que atrapalha serem visualizados, principamente do segundo ou terceiro carro que estiver atrás.

Imagem: Carlos Guimarães

Em contrapartida, gostei das rodas com acabamento diamantado , de aro 16, montadas em pneus 195/55R, bem como os retrovisores com repetidores de direção embutidos e que são rebatíveis automaticamente por um botão bem localizado na porta do motorista. 

Por dentro, o espaço é razoável para cinco ocupantes todos com encostos de cabeça e cintos de cinco pontos. O revestimento dos bancos cinza claro é de bom gosto e a ergonomia do carro também é elogiável, bem como os espaçosos porta-objetos nas laterais das portas. E quem tiver um celular moderno poderá fazer o carregamento por indução e o sistema multimídia é compatível com Android Auto e Apple Car Play .

O porta-malas do Hyundai HB20 Platinum Plus leva 300 litros de bagagem, o que está na média do segmento de hatches compactos.  Por outro lado, o baixo  consumo de combustível é animador, conforme os dados do Inmetro. O carro pode fazer 9 km/l de etanol na cidade e 10,3 km/l na estrada, números que passam para  12,7 km/l e 14 km/l com gasolina, respectivamente.

Como o tanque conta com 50 litros de capacidade, a autonomia urbana com etanol é de bons 450 km, ainda tomando como base as informações do Inmetro. Na estrada, ainda com apenas o combustível vegetal no tanque, é possível rodar 515 km, distância que aumenta para 700 km se usar apenas gasolina, nada mau.  

Mas se estiver pensando em comprar um Hyundai HB20 existem outras versões com a relação entre custo e benefício mais equilibradas do que esta topo de linha Platinum Plus. Seus rivais  Polo Highline (R$ 117.990),  Chevrolet Onix Premier (R$ 115.100) ou Peugeot 208 Griffe 200 Turbo (R$ 114.990) valem ser consideramos na hora da escolha. 

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