Aqui no Brasil não temos nenhum Hyundai com a marca N. A letra N é simbólica para a montadora e vou falar bastante sobre ela ao longo deste texto —assim como falo bastante “N” no vídeo que você pode achar logo mais abaixo ou em . Ela significa que se trata de um carro feito por sua divisão esportiva, a… N.

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São carros preparados, com motor mais forte, suspensão mais firme e câmbio mais direto. No exterior temos modelos como Veloster N, Elantra N e Ioniq 5 N, que poderá chegar ao país em breve. É mais ou menos como os BMW M, os Mercedes AMG e os Audi RS.

Como, de novo, não temos um N legítimo por aqui, ficamos com a N Line, ou seja, um carro vestido de esportivo com acessórios exclusivos. E antes que reclame, saiba que M Line e AMG Line também existem respectivamente em BMW e Mercedes.

E o único N Line que temos aqui é o Creta, em sua versão top de linha com motor 1.0 turbo de 120 cv de potência e 17,5 kgfm de torque associado a um câmbio automático de seis marchas. Parece fraco, mas antes vamos ao visual dele.

A frente do Creta não é uma unanimidade, mas nesta versão é capaz de mais gente concordar de uma forma positiva. A grade pintada de preto e os faróis com fundo escurecidos amenizam a estética polêmica. O para-choque é exclusivo com luzes de seta triangulares.

Nas laterais, a barra que cobre as janelas é pintada de cinza escuro. As rodas de 17 polegadas também são escurecidas e têm um visual exclusivo para a versão esportiva. A letra N aparece no miolo no lugar do símbolo da Hyundai e um emblema “N Line” identifica a versão.

A traseira também é invocada. Tem lanternas escurecidas e para-choque com difusores de ar e saída dupla de escapamento com efeito estético.

Por dentro, o Creta N Line tem bancos de couro preto com costuras vermelhas. A combinação também está no volante, com uma letra N na base e na alavanca do câmbio com a letra N na manopla. Acha que acabou? Não, a letra N também aparece nos encostos dos assentos dianteiros.

Desempenho de sempre

Apresentados ao visual esportivo e a todas as letras N espalhadas pelo carro —espero não ter esquecido de nenhuma—, hora de falar do motor. Segue o 1.0 turbo de 120 cv de potência e 17,5 kgfm de torque que já vem nas opções mais simples. E o desempenho dele é bom para a proposta do carro, que é ser um SUV familiar com um visual jovial.

Tem boas arrancadas e retomadas, embora exija algumas reduções de marcha no modo manual em determinadas situações e isso pode ser feito nas borboletas atrás do volante ou na própria alavanca, mas não vai arrancar um sorriso do motorista. Sua aceleração de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos o deixaria em sexto se entrasse de intruso em um ranking dos hatches 1.0 mais rápidos do Brasil, mas acredite, é mais legal do que parece.

E melhor ao girar o botão Drive Mode e escolher o modo Sport para ter um novo mapa de mudanças de marcha. Também dá para deixar no modo econômico ou normal.

Para não dizer que não há nenhum preparo, a Hyundai diz que os amortecedores são mais rígidos para diminuir a rolagem em curvas. A mudança só deve ser perceptível se andar em um Creta “normal” e no N Line logo em seguida. Suspensão macia nunca foi um problema para o SUV.

Mas se a falta de um motor diferente não é um problema e o visual te agrada, como me agradou, o Creta N Line ainda mantém as qualidades que faz do SUV um sucesso de vendas, como o bom espaço interno e o nível de acabamento. Como é uma versão top de linha, traz itens como seis airbags, teto solar panorâmico, ar-condicionado digital, central multimídia com tela de 12 polegadas e banco do motorista ventilado. 

Mas se por R$ 182.090 é uma boa compra? Talvez não seja, pois por menos que isso (R$ 173.990) tem Jeep Renegade Trailhawk 1.3 turbo (185 cv) com tração 4x4 ou Volkswagen T-Cross Highline 1.4 turbo (150 cv) por R$ 179.990.

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