Guia do Carro Usado: JAC J3
Barato e bem equipado, o hatch chinês pode ser uma opção interessante no mercado de usados
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Importado da China, o JAC J3 desembarcou no início de 2011 embalado por uma campanha publicitária, que trazia o apresentador Fausto Silva como garoto-propaganda destacando o design italiano do renomado estúdio italiano Pininfarina, além do preço acessível e sem opcionais de fábrica.
A lista de itens de série trazia: ar-condicionado eletrônico, direção hidráulica, travas, vidros e espelhos elétricos, freios ABS com EBD, airbag frontal duplo, sensor de ré, rádio CD MP3 USB com seis alto-falantes, farol com regulagem de altura, farol de neblina, banco traseiro bipartido, rodas de alumínio de aro 15, abertura interna do bocal do tanque de combustível e do porta-malas, cuja capacidade para 350 litros não fazia feio comparado com seus principais concorrentes de época como, por exemplo, Fiat Palio 1.6 Essence (275 litros), Volkswagen Gol 1.6 Power (285 litros) e Renault Sandero (320 litros).
JAC J3: motores disponíveis, versões, consumo, desempenho e equipamentos
Na motorização, o hatch vinha com um 1.4 (1.332 cm3) a gasolina com bloco e cabeçote de alumínio e comando de admissão variável com potência de 108 cv.
O consumo gira em torno de 11,2 km/l no perímetro urbano e 12,7 km/l no ciclo rodoviário, de acordo com a tabela do Inmetro. Já a velocidade final declarada é de 186 km/h e aceleração de zero a 100 km/h é feita em 13,4 segundos.
A transmissão, por sua vez, contava com cinco marchas com trocas manuais. Mais tarde, viria a série especial Brasil, que se diferenciava apenas pela inclusão dos bancos revestidos em couro, além de tapetes e logo especial com o nome e as cores do país, identificado na parte traseira.
Para o ano seguinte, a mudança se restringia apenas aos faróis com máscara negra. Dois anos depois do lançamento, surgiu a versão S 1.5 Jet Flex, com potência de 127/125 cv.
O consumo, segundo o Inmetro é de 6,5 km/l na cidade e 8,4 km/l na estrada rodando no etanol, enquanto que na gasolina, os números melhoraram: 9,7 km/l/12,5 km/l, nessa mesma ordem. A velocidade final declarada é de 197 km/h e aceleração de zero a 100 km/h é feita em 9,7 segundos.
Além disso, a lista de itens compreendia novos jogo de rodas de aro 15", faixa decorativa que podia ser branca ou preta, conforme a cor da carroceria e na parte interna, bancos com revestimento exclusivos e painel com iluminação vermelha que substituiu a de cor azul.
Reestilização
A linha 2014 viria no final do primeiro semestre de 2013 com leve reestilização, mais evidente no conjunto frontal.
Por dentro, o acabamento ganhava um ar mais sofisticado com a adoção de um novo painel com aplique de plásticos mais agradáveis ao toque, além de volante revestido em couro e instrumentos mais completos e uma tela central para abrigar as funções do computador de bordo.
Em 2015, a JAC parou de importar o J3, tanto na versão hatch, que é o foco deste guia, quanto na configuração sedã que se chama Turin. O motivo alegado na época era o crescente interesse do público por modelos SUV.
De olho na compra
Com pouco menos de R$ 25.000 no bolso, é possível adquirir um 2012 completinho de fábrica com ar, direção, trio elétrico, freios ABS com EBD, rodas de alumínio de aro 15", entre outros.
Um ponto negativo relatado é a rede de autorizadas que ainda é pequena, fora o alto preço das peças e serviço de pós-venda ineficiente por parte de algumas autorizadas, de acordo com alguns relatos de proprietários.
Por isso, vale a pena, antes de comprá-lo, pesquisar bastante os valores das peças e consultar na internet as opiniões sobre a rede autorizada.
O acabamento interno demonstra fragilidade, bem como a parte elétrica. Foi reportado em algumas unidades um defeito no conector do chicote dos vidros elétricos sob o risco de mau funcionamento e, em alguns casos, queima do fusível.
A suspensão frágil do J3 é outro dos problemas. Por isso, é bom ter olho vivo neste item. Só o par dianteiro de amortecedores sai por R$ 1.300 no Mercado Livre, com frete gratuito. Além disso, outras peças não são encontradas com tanta facilidade, por serem específicas e distribuídas apenas pela montadora. A saída é recorrer às lojas importadoras independentes e especializadas e fazer a encomenda.
Outra reclamação bastante comum entre os donos do modelo é quanto à ferrugem na carroceria, mais comuns onde há pontos de solda onde não tiveram o devido tratamento antiferrugem. Portanto, olho vivo nesses principais detalhes e boa compra. No mais, é correr para o abraço, pois, de longe, o hatch é muito mais equipado, confortável e atende bem uma família pequena com dois adultos e duas crianças, atributos difíceis de serem encontrados em alguns dos concorrentes diretos.
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