Assim como o crescimento dos SUVs no mercado, outro ponto que merece destaque no Brasil é a procura cada vez maior por parte dos consumidores para carros com câmbio automático, tendência notada em qualquer segmento. Hoje em dia esse tipo de transmissão já é maioria nos modelos acima de R$ 70.000, porém mesmo entre os compactos ela ganha cada vez mais participação nas vendas.

De olho nesse comportamento do público, uma pesquisa muito interessante revelada nesta semana pela nos permite analisar quais são os automóveis com câmbio automático que mais e menos perdem valor após um ano de uso, tipo de estudo que analisa, portanto, a depreciação do bem. No caso da pesquisa revelada aqui, a empresa selecionou o mês de maio de 2018 comparando com os valores apurados na plataforma com o mesmo mês neste ano.

A grande surpresa positiva foi o Subaru Forester XT Turbo. O modelo japonês registrou uma valorização 3,19%. Em maio de 2018, segundo dados da KBB Brasil, o modelo era comercializado com preço médio de R$ 150.000. Em maio deste ano, portanto com um ano de uso, o mesmo Forester XT era vendido a R$ 154.782.

O mesmo ocorrer com o Honda CR-V Touring 1.5 turbo. O SUV médio era encontrado nas concessionárias, em maio de 2018, por R$ 179.900. Um ano depois, o modelo era comercializado por R$ 180. 117, portanto uma valorização de 0,12%. “Uma forte alta do veículo, variação do câmbio – implicando diretamente em importados – e um bom posicionamento no mercado explicam essa ocorrência”, analisa a KBB Brasil.

“Os demais modelos do ranking apresentaram taxas de depreciação inferiores à 4%, sendo 60% dele composto por SUVs. A versão menos depreciada do estudo foi a Ambition 2.0 do Audi TT Roadster, que registrou perda de 0,36% em seu valor. Em quarta e quinta posição figuram os ingleses Land Rover Range Rover Sport HSE Dynamic 4.4 V8 e Range Rover Sport HSE Dynamic 3.0 SDV6, que depreciaram 0,75% e 1,06%, respectivamente”, acrescenta a empresa.

Dois modelos da Hyundai figuraram entre os automáticos com a menor depreciação do mercado, no caso o HB20S Edição Comemorativa 5 Anos 1.6 automático (-1,66%) e o Hyundai Elantra (-2,40%). Confira um resumo dos automáticos menos depreciados do Brasil: 

Em outro extremo da pesquisa, a KBB Brasil também avaliou os automáticos mais depreciados do Brasil (veja a lista completa abaixo) ao longo de um ano e, nesse caso, a sueca Volvo dominou a lista.

O sedan S60 Momentum T-4 Drive-E 2.0 turbo liderou a lista dos mais depreciados com uma queda em seu valor de mercado da ordem de 31,89%, seguido pelo V60 Momentum T4 Drive-E 2.0 turbo, com taxa de 30,33% em depreciação no primeiro ano de uso. Já o XC90 Inscription AWD T6 Drive-E encerra a participação da sueca com 26,96% de perda de valor no período analisado.

Dando sequência ao ranking, os modelos apresentam taxas de depreciações próximas, com delta de apenas 1,66% entre o quarto e último colocado. A Ford Ranger cabine dupla XLS 2.2 ocupa a quarta posição com índice de 27,01%. Logo em seguida, a versão Classe B 200 Sport 1.6 turbo flex, da alemã Mercedes-Benz, que deprecia 26,96%. 

Imagem: Divulgação

César Tizo

O "Guru dos Carros", César Tizo se juntou ao time este ano e est??frente dos portais AUTOO e MOTOO. ?o expert em aconselhar a compra de automóveis