Em tempos de SUV, o Chevrolet Cruze Sport6 ?um modelo que vale a pena conhecer

Nova geração do hatch médio ?a alternativa para quem busca estilo e mais prazer ao dirigir
    Compartilhe
Chevrolet Cruze Sport6 2017

Chevrolet Cruze Sport6 2017 | Imagem: Divulgação

Antes dos anos 2000, ser dono de um hatch médio era sinônimo de status ou, ainda mais se você fosse jovem, uma mensagem para todo mundo de que sua carreira profissional seguia de vento em popa. Geralmente os modelos escolhidos para as marcas para lançar novas tecnologias no país, os hatches médios sempre tiveram uma aura de produto nobre por aqui.

Mas no começo desta década o jogo virou e tanto os hatches médios, como as stations wagons e minivans viram seu espaço na preferência – e na garagem – de muita gente dar lugar aos utlitários esportivos. Se as minivans parecem que logo logo vão desaparecer, pelo menos os hatches médios tiveram um esboço de animação em 2016 em grande parte graças à chegada às lojas da nova geração do Chevrolet Cruze Sport6.

Com uma traseira 21 cm mais curta que o sedã, o Cruze Sport6 traz o que os fãs de hatch médio amam: visual esportivo e um tempero de vivacidade nas respostas dinâmicas. Onde os olhos podem ver, o Cruze Sport6 empresta da versão RS norte-americana os para-choques mais agressivos, enquanto as rodas de liga leve, aro 17” escurecidas na versão LTZ, têm visual exclusivo. Já para melhorar as sensações de quem dirige, o Cruze hatch traz um eixo de torção traseiro 10% mais rígido do que o aplicado no sedã, além de novos acertos na suspensão e direção.

Seja pela ausência do terceiro volume, como pela suspensão traseira revista, de fato o Cruze Sport6 entrega um rodar mais desenvolto em relação ao sedã. Se você passa em uma lombada com o hatch, sentirá a maior rigidez da suspensão traseira, já que o sedã é bem mais suave nesse ponto até mesmo por sua proposta de entregar mais conforto. De qualquer forma, nenhum dos dois consegue um compromisso tão exemplar como o do Honda Civic em sua décima geração, uma das limitações do eixo de torção em relação ao mais sofisticado conjunto multibraço do Honda.

Não que os SUVs compactos atuais, como o Nissan Kicks, Honda HR-V e companhia entreguem um comportamento dinâmico ruim, muito pelo contrário, porém quando você dirige alguns quilômetros um modelo como o Cruze Sport6, com a carroceria mais rente ao chão, nota as vantagens dessa relação mais intimista, por assim dizer, com o carro. As sensações chegam mais rápido para o motorista e não tão anestesiadas como a bordo de um SUV. Talvez seja por isso que as montadoras ainda investem em modelos desse segmento, que seguem com boa aceitação na Europa.

 
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
Chevrolet Cruze Sport6 2017
Chevrolet Cruze Sport6 2017
 
 

Um ponto positivo do Cruze Sport6 é o ótimo espaço interno, mais do que suficiente para 4 adultos. A decisão da Chevrolet de manter o mesmo entre-eixos do sedã (2,70 m) para o hatch mostrou-se bem acertada. Mais prático para o uso urbano graças ao comprimento menor do modelo, o único porém do Cruze Sport6 diz respeito ao volume disponível no porta-malas. Com apenas 290 litros de capacidade, o espaço chega a ser até menor do que um compacto como o Hyundai HB20 (300 litros). O Cruze sedã, de apelo mais familiar, pode levar até 440 litros de bagagem. Claro que para o consumidor de um Cruze Sport6 o tamanho do porta-malas não será um fator decisivo para a compra, porém rivais diretos como o Volkswagen Golf e o Ford Focus podem transportar, respectivamente, 313 e 316 litros.

Se peca por algumas falhas no encaixe de peças, como em alguns elementos plásticos no console central, ao menos a concepção da cabine e os materiais utilizados refletem a modernidade do projeto do Cruze Sport6. O AUTOO tomou contato com a versão LTZ em seu catálogo mais equipado, que traz como destaque o revestimento de couro até no painel. A solução traz um aspecto mais sofisticado ao interior, algo que o consumidor disposto a comprar um carro na faixa de R$ 100.000 espera.

Com um pacote de itens de tecnologia que custa R$ 9.800, o preço do Cruze Sport6 LTZ atinge R$ 113.090, mas já entrega um excelente nível de equipamentos com destaque para os assistentes de estacionamento (vagas paralelas e perpendiculares) e permanência em faixa (com correção automática), alerta de colisão, farol alto adaptativo, banco do motorista com ajustes elétricos, dentre outros. Apenas para colocar em perspectiva, um Volkswagen Golf Highline com o mesmo nível de equipamentos, incluindo o teto solar que no caso do VW é panorâmico, o preço tabelado sugerido é de salgados R$ 140.153. Logo, não é exagero dizer que o Cruze Sport6 até que oferece um bom custo-benefício.

Outra conveniência que até o momento é uma exclusividade do Cruze Sport6 na categoria é o sistema de telemática OnStar, que oferece não só serviços de rastreamento do veículo, como também a conveniência da função concierge e permite até verificar a situação do carro por meio de um aplicativo no celular. O hatch na versão LTZ completa também é um dos poucos modelos no mercado a oferecer um carregador de celular por indução, isso desde que o smartphone seja compatível com a função. 

Assim como o Golf Highline, um grande atributo do Cruze Sport6 reside no motor, no caso o 1.4 16V com turbo e injeção direta. Com respostas ágeis, semelhantes a de um propulsor 2.0 aspirado, o hatch se destaca por conciliar todo esse fôlego com um baixo consumo, capaz de alcançar parciais de 11,3 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada, ambas com gasolina, de acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular e constatados pelo AUTOO em nosso teste. Grande parte desses bons resultados são atingidos pela presença do sistema start-stop. O câmbio automático de 6 marchas também está bem calibrado para atuar em conjunto com o motor.

Com um conjunto sintonizado com o que há de mais moderno no segmento, o Chevrolet Cruze Sport6 desponta como uma das compras mais interessantes da categoria. Em janeiro, seu primeiro mês “cheio” no mercado, o Cruze Sport6 ocupou o segundo lugar em vendas no segmento, com 441 unidades emplacadas, número bem próximo ao líder Volkswagen Golf com 463 carros vendidos. O Ford Focus ficou com a terceira posição ao somar 326 unidades comercializadas. O cenário mostra que o Cruze Sport6 já está caindo no gosto dos brasileiros, mesmo com a predileção geral por SUVs. Mesmo assim, se você não gosta de dirigir muito longe do chão e quer um carro com bom acabamento, bem equipado e um conjunto mecânico eficiente, vale a pena assinar o cheque pelo Cruze Sport6.

Ficha técnica

Chevrolet Cruze Sport6 2017 LTZ 1.4 16V flex automático 4p
Preço R$ NaN (12/2019)
Categoria Hatch médio
Vendas acumuladas neste ano 3.182 unidades
Motor 4 cilindros, 1399 cm?/td>
Potência 150 cv a 5600 rpm (gasolina)
Torque 24 kgfm a 2100 rpm
Dimensões Comprimento 4,448 m, largura 1,807 m, altura 1,484 m, entreeixos 2,7 m
Peso em ordem de marcha 1331 kg
Tanque de combustível 52 litros
Porta-malas 290 litros
Veja ficha completa

Tudo sobre o Chevrolet Cruze Sport6

Chevrolet Cruze Sport6