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Em apuros, Nissan corta empregos e vende participação na Mitsubishi
Fabricante japonesa, no entanto, viu ações subirem nesta semana após fundo de investimento adquirir ações da empresa
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As más línguas diriam que se trata da "maldição de Ghosn", mas seja como for, a Nissan não é mais aquela montadora vistosa e ambiciosa dos tempos em que foi comandada pelo megaexecutivo brasileiro.
Desde a saída de Carlos Ghosn do comando da fabricante, em meio ao escândalo da sua prisão no Japão e posterior fuga para o Líbano, a Nissan vem colecionando más notícias.
Na semana passada, a gota d´água: o grupo anunciou a demissão de 9.000 funcionários e a redução de 20% na capacidade produtiva global, um sinal que há muita coisa errada sendo feita hoje.
Uma delas foi ignorar os veículos híbridos e focar apenas nos elétricos puros. Diante da resistência cada vez maior de consumidores em países desenvolvidos, a Nissan se viu sem produto alternativo, como ocorreu nos EUA.
Além disso, as vendas na China caíram, afetadas pela competitividade das marcas locais.
Novo acionista anima ações
As medidas anunciadas pelo montadora preveem um corte de custos de US$ 2,6 bilhões, algo como R$ 15 bilhões. Entre elas estão mais projetos conjuntos com a Renault, Mitsubishi e Honda.
Ao menos uma boa notícia surgiu na terça-feira, 12, quando o fundo de investimento Effissimo Capital Management apareceu como dono de 2,5% das ações da Nissan.
Por falar em Mitsubishi, a participação de 34% nas ações da fabricante foi reduzida para 24%, como forma de levantar recursos.
A despeito disso, as duas marcas continuam com seus planos de colaboração industrial, mas a Mitsubishi parece mais independente para definir sua estratégia.
E quanto ao Brasil?
Segundo a Nissan, as medidas anunciadas não afetam os planos no país. A marca experimenta um crescimento nas vendas de 26% este ano, com 74,8 mil emplacamentos até outubro.
Para breve, a Nissan prepara o lançamento da nova geração do SUV Kicks, que chegará às lojas no início de 2025 e não aposentará o atual modelo.
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