Com R$ 66 mil no bolso, voc?j?pode sair de Chevrolet Tracker usado
Importado a partir de 2013, SUV concorria na época com Ford EcoSport e Renault Duster na sua segunda geração
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Você está sempre antenado nas principais tendências de mercado e valoriza o seu dinheiro. Para isso, os SUVs são o que há de melhor a oferecer sem que você perca o seu investimento. Assim, uma boa opção no mercado é o Chevrolet Tracker a partir da segunda geração.
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Bastante popular, essa geração teve uma boa carreira no Brasil e foi importada do México no final de 2013 em única versão oferecida, no caso a LTZ. Traz motor Ecotec 1.8 16V (mesmo utilizado no Cruze) de 144/140 cv, câmbio automático de seis marchas e só tração dianteira (ao contrário da primeira geração).
Além disso, a única opção a ser oferecida já vem com dois airbags, sendo o do motorista e passageiro, câmera de ré, sensor de estacionamento, sistema multimídia MyLink, rodas de 18 polegadas, rack de teto, luzes de neblina, sistema multimídia MyLink com tela sensível ao toque, controle de velocidade e de cruzeiro, sistema de navegação por satélite (GPS), comandos no volante, freios com ABS, tudo isso de série. Já os airbags laterais, de cortina e teto solar elétrico podiam ser pedidos como opcional.
De olho na concorrência com a chegada dos SUVs Jeep Renegade, Honda HR-V e Peugeot 2008, a Chevrolet resolveu lançar a opção de entrada LT em 2015. Trazia com o mesmo conjunto motriz da topo de linha LTZ, mas perdeu o sistema multimídia com GPS, rodas de aro 18 e controlador de velocidade de cruzeiro (piloto automático).
A estratégia era apostar nos preços mais competitivos e ampliar as vendas do modelo, aproveitando o bom momento vivido pelos SUVs compactos no Brasil. Apesar do enxugamento da lista de itens, a LT ainda se tornava uma escolha interessante para o consumidor exigente. De série, a versão mais “simples” traz direção hidráulica, trio elétrico, computador de bordo, faróis e lanterna de neblina e um sistema multimídia com leitor de CD MP3 Player e Bluetooth.
Acompanhado de uma reestilização no final de 2016, já como modelo 2017, o SUV passou a contar com motor 1.4 turbo flex de 153/150 cv, ganhando não só em desempenho, como também no consumo (em média 25%).
Para 2018, último ano da segunda geração, a versão LT passou a vir com controle de estabilidade e de tração e, nesse mesmo ano, veio a série especial Midnight. Assim como na picape Chevrolet S10 Midnight, no Tracker Midnight a principal novidade é a cor externa preta Ouro Negro combinando com as rodas exclusivas de aro 18 polegadas, maçanetas e friso do porta-malas e logomarcas, tudo na mesma tonalidade.
PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO
Pintura
Uma falha crônica, mais frequente nos últimos modelos 2017 da segunda geração, e que afeta também a linha Onix, é a qualidade da pintura, conforme relatado em fóruns, vídeos e sites de reclamação como o Reclame Aqui. Os defeitos mais comuns são manchas, pontos de solda, oxidação e descascamento da pintura. O problema é que mesmo tendo sido feito o reparo, para quem vai comprá-lo, fica difícil se foi refeita apenas a pintura ou se sofreu uma colisão mais séria.
Barulhos
O Tracker traz como característica do projeto - e não defeito - a suspensão mais rígida. Até aí tudo bem, mas em contato com pisos mais acidentados, é inevitável o surgimento de ruídos no conjunto estrutural. Segundo alguns proprietários do SUV, foi notado também alguns barulhos do painel, tampão traseiro do porta-malas e forros de acabamentos de portas.
Ar-condicionado
O sistema é ineficiente, segundo apontamento dos donos de Tracker. Além de não resfriar a cabine em climas mais quentes, alguns relataram o desligamento repentino e o religamento novamente, sem a ação do motorista. Sem ter uma explicação única para o problema, alguns dos casos foram resolvidos na rede autorizada da Chevrolet. Por isso, antes de comprar o modelo, teste o ar-condicionado por alguns minutos e observe o seu funcionamento.
Recalls
Atente para os chamados da substituição da tubulação de freios, cilindro de ignição, braço da suspensão, airbag do motorista e tampa do acumulador de pressão do sistema start/stop, localizado junto à transmissão do veículo. Qualquer dúvida, com o número do chassi, acesse o e, caso o veículo não tenha passado pelo chamamento, é só agendar o serviço através do portal.
MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR
O modelo é dono de um ótimo custo-benefício, mas se você tem família numerosa, esqueça. Da lista de SUVs compactos, o Tracker é o que oferece o menor volume do porta-malas, 306 litros. Em contrapartida, é o modelo cuja marca tem maior rede de concessionárias.
Com essas vantagens, você pode ficar tranquilo com a manutenção, ainda que seja um modelo importado do México.
O preço do seguro também não é assustador, considerando que estamos falando de um SUV que geralmente são mais visados para furtos e roubos. Tomando como exemplo o perfil masculino, 42 anos, morador de São Paulo, segundo a cotação feita através da Youse, o valor anual é de R$ 2.564,10 no plano Essencial.
Falando em valores, com R$ 66 mil, você já pode sair de Tracker 2013 bem completinho, mas se a intenção é usá-lo diariamente, dê preferência às versões equipadas com motor turbo, que têm melhor desempenho e são mais econômicas. Só para comparar, as primeiras, equipadas com motor 1.8 16V fazem 6,4 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada com etanol e na gasolina 8,3 km/l e 11,9 km/l, nessa mesma ordem.
As opções com motor 1.4 turbo que equipam a partir da linha 2017 têm o consumo de 7,3 km/l no ciclo urbano e 8,2 km/l no rodoviário quando abastecido com o combustível vegetal. Com o produto de origem fóssil, os números são mais animadores: 10,6 km/l e 11,7 km/l , respectivamente. Quanto ao valor, na Fipe, o modelo mais em conta está tabelado em R$ 78.815.
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Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.