Chora, haters? Carros elétricos são a massa de pão do mercado brasileiro
?simples: quanto mais os negacionistas batem, mais eles crescem em vendas
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Não é exatamente uma novidade o fato de os carros elétricos serem atacados a todo momento, seja por imprensa genérica ou especializada, influenciadores e por diversos perfis de cunho
automotivo nas redes sociais.
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Com o aumento da oferta e da percepção pública de que tecnicamente os novos modelos elétricos são extremamente superiores a seus concorrentes diretos a combustão em vários aspectos, como, por exemplo, potência e torque, a última moda em termos de memes automotivos no TikTok e afins passou a ser questionar a masculinidade de quem compra ou pretende comprar um carro elétrico. Sim, a questão desceu a esse ponto – um clássico, aliás, quando se perdem os argumentos sérios ou técnicos.
Dão a entender então os tais memes que dono de carro elétrico não é “macho”. Vejam vocês. Como se a opção sexual de cada um tivesse a mínima conexão com conhecimento técnico ou de preferência mercadológica. É o fundo do poço automotivo. Além da infantilidade, esses “haters” se esquecem que homofobia, conforme determinou o STF, é enquadrada como crime de injúria racial, inafiançável e imprescritível, com pena de dois a cinco anos de prisão.
Carros elétricos criando polêmica nas redes sociais
Mas o mais curioso de tudo, e tentando trazer a discussão de volta a um nível minimamente razoável, é que os elétricos são uma verdadeira “massa de pão” do mercado automobilístico – ou seja, quanto mais batem, mais eles crescem.
Neste mês de junho, e considerando apenas os seus primeiros quinze dias, as vendas de carros 100% elétricos no Brasil chegaram a quase 29 mil unidades no acumulado do ano. Isso representa um volume maior do que as vendas do segmento nos anos de 2023 e 2022 somados.
É isso mesmo: antes mesmo de completarmos a primeira metade do ano, as vendas de carros elétricos no Brasil em 2024 superaram, e com boa folga, o total alcançado em todo o ano passado (19 mil) mais as vendas do total do ano retrasado (8,5 mil).
Sim, tivemos muitas novidades no segmento. É verdade. Mas não me escapa uma sensação de que quanto mais se criticam os carros elétricos, mais eles geram interesse do consumidor brasileiro, sabidamente ávido por novidades. E que, ao buscar conhecer seriamente o produto, a compra é quase inevitável, mesmo com preço maior na comparação com os modelos a combustão – e mesmo com a volta do imposto de importação.
Na prática, é como se os compradores brasileiros de carros elétricos fossem os negacionistas dos negacionistas.
Diante dos números eu poderia dizer um jargão típico de redes sociais: chora, haters! Mas vou preferir ficar com uma livre adaptação, para evitar alimentar o discurso de ódio. Obrigado, haters!
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