Chinesas em conflito: Great Wall acusa BYD de vender carros híbridos poluentes
Duas das maiores montadoras do país trocaram farpas públicas por conta de suposta falha dos modelos Qin Plus e Song Plus em emissões
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Tradicionalmente discretas e contidas, as montadoras chinesas Great Wall Motors (GWM) e BYD trocaram acusações públicas nesta quinta-feira, 25, segundo a .
A GWM, primeira montadora do país a abrir seu capital na bolsa, afirmou que dois modelos híbridos da BYD, o Qin Plus e o Song Plus, não atendem os padrões de emissão de poluentes.
A fabricante de veículos utilitários, que terá uma linha de produção no Brasil, disse em suas redes sociais que protocolou documentos no ministério do meio ambiente da China em que comprovaria que os dois carros da BYD são poluentes.
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A BYD reagiu em comunicado: “Nos opomos firmemente a qualquer tipo de comportamento competitivo injusto e nos reservamos o direito de processar”, disse a empresa, conhecida pela pioneira atuação no segmento de veículos elétricos a bateria.
Segundo a Great Wall, o Qin Plus e o Song Plus (este vendido no Brasil) não usam tanques de combustível pressurizados como em outros híbridos do mercado. Esse dispositivo é utilizado para impedir que a gasolina se evapore enquanto o veículo está apenas no modo elétrico.
Ou seja, segundo a rival, os carros da BYD deixariam evaporar mais quantidade de combustível do que o necessário. A GWM, no entanto, não apresentou provas, segundo a agência de notícias.
A BYD, por sua vez, afirmou que a Great Wall teria comprado seus carros e executado testes sem a supervisão de terceiros e baseadas em avaliações mais longas que as exigidas pelos regulamentos da China.
Crescimento no Brasil
A rara troca de farpas ocorre no momento em que as duas montadoras chinesas estabelecem uma base de atuação mais abrangente no Brasil.
A BYD, que já está estabelecida no país há mais tempo atuando em outros segmentos, iniciou a venda de seus modelos de passeio em 2021 e estuda comprar a fábrica da Ford em Camaçari (BA) para lançar uma linha de montagem nacional.
A GWM chegou um pouco depois mas em grande estilo, assumindo a planta de Iracemápolis da Mercedes-Benz, onde fará a produção de uma picape e um SUV a partir de 2024. A empresa também já comercializa outros modelos importados no país.
AUTOO entrou em contato com as assessorias das duas empresas no Brasil e atualizará esta nota caso tenha uma resposta.
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