Carros de 7 lugares: modelos usados de R$ 20.000 a R$ 100.000
Precisa de um veículo para acomodar uma família numerosa? Mercado de usados oferece opções para todos os bolsos. Confira
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Segundo o IBGE, uma família média no Brasil é formada por 3,3 pessoas, sendo que pouco mais de 3 milhões delas têm mais de 5 membros.
Porém, se ao contrário do tamanho da família o orçamento é pequeno, escolher um carro de 7 lugares pode ser dor de cabeça. Principalmente quando nenhum modelo novo custa menos de R$ 100.000.
Se o seu caso é um desses, AUTOO traz uma lista com modelos de 7 lugares usados disponíveis nos principais sites de anúncios do país. Em comum, o fato de todos custarem menos de R$ 100.000, bem abaixo dos R$ 108.160 cobrados por uma Chevrolet Spin Premier com os assentos extras no porta-malas.
Além dos carros em si, contamos um pouco sobre os pontos fortes e fracos de cada um. Afinal, a compra de um veículo usado também envolve preocupações com disponibilidade e preço das peças de reposição.
Chevrolet Zafira – de R$ 20.000 a R$ 35.000
Para muita gente, a Chevrolet Zafira jamais deveria ter sido substituída pela Spin em 2012. Fruto do desenvolvido da alemã Opel no final dos anos 1990, o monovolume chegou ao Brasil em 2001, trazendo um revolucionário sistema de rebatimento dos bancos da terceira fileira.
Quando não estavam armados, os assentos eram rebatidos e ficavam “escondidos” debaixo do assoalho, deixando o piso do porta-malas praticamente plano e liberando o volume total de 600 litros. Já com os 2 bancos montados, a capacidade cai para 150 litros.
Durante os 11 anos em que foi vendida no Brasil, a Zafira sempre foi oferecida com motor 2.0, mas em 4 variações:
2.0 8V de 116 cv a gasolina;
2.0 16V de 136 cv a gasolina;
2.0 8V de 121 cv flex;
2.0 8V de 140 cv flex
Os dois primeiros foram oferecidos até 2005, antes da leve reestilização. Junto com o visual atualizado, a Zafira ganhou tecnologia flex. Anos depois, o motor 2.0 ficou mais potente, chegando aos 140 cv.
O câmbio pode ser manual de 5 marchas ou automático, de 4 marchas. Dependendo da versão, há itens interessantes, como airbags frontais e laterais, ar-condicionado digital e bancos de couro.
Exemplares mais novos, a partir de 2010, e aparentemente bem cuidados, podem ser encontrados na faixa dos R$ 30 mil. Nesse caso, o motor já é o mais potente.
De forma geral, a manutenção da Zafira é simples e barata. O problema, atualmente, são as peças de acabamento, um pouco mais difíceis de serem encontradas.
Fiat Doblò – de R$ 23.000 a R$ 65.000
Incrivelmente, o Fiat Doblò ainda está em linha no Brasil. Só que custa absurdos R$ 115.990. Isso sem oferecer nada além do básico. Não há controles de tração, estabilidade, rádio ou rodas de liga leve.
Assim, não é difícil descartar a compra de um novo e partir para uma busca entre os usados. É possível encontrar exemplares com 6 ou 7 anos de uso por metade do preço de um Doblò novo.
As versões mais recomendadas são aquelas equipadas com motor 1.8 E.Torq, disponíveis a partir de 2010. São 132 cv e 18,9 kgfm de torque. Apesar de o consumo estar longe de ser satisfatório, a manutenção é relativamente barata, e a oferta de peças, ampla.
Isso porque esse motor é produzido até hoje, e além do Doblò, equipa o Jeep Renegade e os Fiat Toro, Argo e Cronos.
Como está em linha há muito tempo, é possível encontrar unidades em diversas faixas de preço, inclusive abaixo de R$ 25.000. Porém, recomendamos aquelas a partir de 2010, exatamente por conta do motor mais recente e potente. Elas podem ser encontradas a partir de R$ 35.000.
Outra alternativa, essa um pouco mais econômica, é o motor 1.4 Fire de 85 cv. A contrapartida é o desempenho sofrível. Nesse caso, modelos de 2016 custam, em média, de R$ 50.000 a R$ 55.000.
Citroën Grand C4 Picasso – de R$ 24.000 a R$ 35.000
Esse provavelmente é o modelo mais estiloso da lista. Aqui, vamos tratar da geração vendida no Brasil entre 2008 e 2015.
Mesmo com um visual de 13 anos, o desenho externo continua atraindo olhares, enquanto o acabamento de qualidade superior e o nível de equipamentos da minivan Citroën agradam até hoje.
A lista de itens de série faz inveja até para carros novos, e inclui bancos de veludo ou couro, ar-condicionado digital de quatro zonas, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, comandos de som no volante e rádio com Bluetooth.
Dito isso, é hora de algumas ressalvas. O conjunto mecânico, formado pelo motor 2.0 de 143 cv e 20,4 kgfm e câmbio automático de 4 marchas, está longe de oferecer um bom desempenho para o Grand C4 Picasso.
Também é preciso ficar de olho no estado da suspensão e da transmissão automática, costumeiras fontes de dor de cabeça nesse modelo.
O espaço na terceira fileira de bancos é apenas razoável, enquanto a capacidade do porta-malas varia de 208 litros, com os 7 assentos, a 450 litros, quando os dois extras estão recolhidos.
O Grand C4 Picasso é ainda mais raro do que a Nissan Grand Livina. Há poucas dezenas de exemplares anunciados, a maior parte nos modelos 2009, 2010 e 2011.
Nesse caso, os preços costumam ficar na casa dos R$ 30.000.
Nissan Grand Livina – de R$ 30.000 a R$ 45.000
Pouco lembrada atualmente, a Nissan Grand Livina tem a proeza de ter encarado Zafira e Spin durante os 6 anos em que foi vendida no Brasil, entre 2009 e 2015.
Discreta no visual e na lista de equipamentos, encontrar unidades usadas à venda também não é das tarefas mais fáceis. Enquanto chovem anúncios de Zafira, Spin e Doblò, há menos de uma centena de Grand Livina à venda nos dois maiores sites do ramo no Brasil. Até por isso, o mercado de peças de reposição é mais restrito.
De todo modo, a Grand Livina se destaca pela racionalidade. O preço de compra é um fator positivo. Afinal, com R$ 30.000 já é possível encontrar unidades com menos de 10 anos de uso.
Aumentando o orçamento para R$ 45.000, há exemplares de 2014, pouco antes de o modelo sair de linha. Eles já trazem visual atualizado com a grade frontal e rodas redesenhadas e adição dos freios ABS, obrigatórios por lei desde o início daquele ano.
Independente do ano de produção, a Grand Livina traz motor 1.8 16V flex de 126 cv. O câmbio pode ser manual de 5 marchas ou automático, de 4 marchas. Esse último é o mais comum nos veículos anunciados atualmente.
No porta-malas, vão 589 litros com cinco lugares ou 123 litros com a terceira fileira erguida.
Dodge Journey – de R$ 30.000 a R$ 80.000
Se o Grand C4 Picasso agrada pelo estilo, o Dodge Journey conquista o motorista pelo prazer ao dirigir. Mas isso só vale para os modelos posteriores a 2011, quando a marca norte-americana trocou o insosso motor V6 2.7 de 185 cv pelo vigoroso V6 3.6 Pentastar de 280 cv.
A disparidade de desempenho também pode ser vista na oferta de versões e nos preços praticados pelos Journey usados.
Modelos mais antigos, de 2008 a 2010, podem ser encontrados por pouco mais de R$ 30.000. Nesse caso, além dos anos extras e do motor mais fraco, a lista de equipamentos também é mais restrita.
Ainda assim, o pacote básico inclui seis airbags, freios ABS, controles de estabilidade e tração e fixação Isofix.
Já os exemplares mais novos, a partir de 2015, estão anunciados na casa dos R$ 80.000. Eles também contam com tração integral, central multimídia atualizada e tela de 9 polegadas para os ocupantes dos bancos traseiros.
Na terceira fileira, o espaço é bom apenas para crianças. Quando esses bancos estão armados, a capacidade do porta-malas ainda cai dos bons 580 litros para 167 litros.
Antes de comprar um Journey, tenha em mente que as peças podem ser bem caras. E o modelo ainda sofre com o desgaste excessivo de pastilhas e discos de freios.
Chevrolet Spin – de R$ 45.000 a R$ 85.000
Como dito no início do texto, uma Chevrolet Spin de 7 lugares zero quilômetro não sai por menos de R$ 108.160.
Por menos da metade disso, R$ 45.000, mesmo preço de Renault Kwid ou Fiat Mobi básicos novos, é possível comprar uma Spin 2013 com câmbio automático e 7 lugares.
Uma das vantagens da Spin é que, desde o lançamento, em 2012, a minivan utiliza o mesmo conjunto mecânico, composto de motor 1.8 8V de 111 cv e 17,7 kgfm.
A desvantagem é que modelos anteriores ao facelift de 2018 têm um ajuste diferente no câmbio automático de 6 marchas, que piora levemente a dirigibilidade e deixa as respostas mais lentas.
De todo modo, pelo fato de a Spin ainda estar em linha com a mesma mecânica, o acesso a peças de reposição é bastante amplo.
Se o orçamento permitir investir R$ 80.000, os modelos com o visual atualizado, além de mais bonitos, trazem alguns equipamentos extras. É o caso dos controles de tração e estabilidade, acendimento automático dos faróis e sensores de chuva.
Só que o mecanismo de acionamento da terceira fileira de bancos é o mesmo desde o lançamento. Isso significa que, mesmo quando os assentos extras não estão montados, a estrutura rouba parte do porta-malas. São 553 litros, contra 710 da versão de 5 lugares.
Com os 7 assentos habilitados, a capacidade cai para 162 litros.
Kia Carnival – de R$ 40.000 a R$ 100.000
O último modelo da lista, além de ser o mais caro, é também o que mais tem espaço. O Kia Carnival é tão grande que não leva 7, mas 8 pessoas. Isso porque a terceira fileira de bancos tem 3 assentos.
Com o porte avantajado (mais de 5 metros de comprimento), a van da Kia pode ser encontrada com duas motorizações, ambas V6. Nas unidades até 2011, o propulsor é de 3,8 litros que entrega 242 cv e está associado a uma transmissão automática de 5 marchas.
Nesse caso, os preços ficam próximos dos R$ 40.000. A lista de equipamentos traz bancos de couros, freios ABS, airbags e porta lateral corrediça.
Já a partir de 2012, a Kia optou por um motor menor, só que mais potente – 3.5 litros de 276 cv. Ao mesmo tempo, o câmbio automático ganhou uma marcha, chegando a 6.
Além disso, a oferta de itens de série na versão topo de linha acabou reforçada com sensor de chuva, acendimento automático dos faróis e airbags extras (laterais e de cortina). Para unidades mais novas, produzidas em 2014 e 2015, há anúncios de R$ 85.000 até R$ 100.000.
Como chegava importada ao Brasil, o Carnival de geração anterior também pode apresentar problemas na disponibilidade de peças. A pequena rede de concessionárias da Kia, composta de pouco mais de 60 pontos em todo o país, também pode jogar contra, caso você viva fora de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
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