Carreata 'silenciosa' percorreu avenida Paulista com 60 veículos elétricos
Organizado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico, evento buscou divulgar a necessidade de uma legislação mais favorável aos veículos ecológicos
Eles fizeram barulho na avenida Paulista, mas mais pela animação dos participantes do que pelos veículos em si, afinal eram todos elétricos e híbridos, conhecidos por não emitirem quase nenhum ruído. Organizada pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), a carreata atravessou a avenida Paulista no sábado, 26, com o objetivo de chamar a atenção da população para essa tecnologia.
Cerca de 60 veículos participaram do evento, incluindo desde bicicletas, patinetes e triciclos elétricos, passando por carrinhos de golfe e chegando até aos ônibus coletivos já usados em algumas cidades – sem falar, é claro, dos automóveis como o Toyota Prius, Volkswagen Golf GTE, BMW i3, Renault Zoe e até o quadriciclo Twizy.
AUTOO conferiu a carreata in loco e até dirigiu o novo Prius, híbrido de design futurista e automóvel mais econômico do Brasil, segundo o Inmetro. Ele é capaz de rodar 18,9 km com um litro de gasolina na cidade, isso porque o motor 1.8 a gasolina trabalha em conjunto com outro elétrico que assume parte do trabalho, dependendo das condições de rodagem.
IPI diferenciado
Os veículos híbridos e elétricos ainda têm uma presença tímida no Brasil. A razão é que nossa legislação não incentiva seu uso mesmo eles sendo menos poluentes e mais econômicos. Apenas algumas ações isoladas existem como por exemplo a restituição de 50% do IPVA na cidade de São Paulo, graças a um acordo com a prefeitura da cidade que também dispensa esses veículos de obedecerem o rodízio municipal.
A grande meta da associação, no entanto, é reduzir o valor do IPI e do ICMS, impostos que os tornam pouco competitivos no mercado. Para se ter uma ideia, o Prius, mesmo sendo bem mais eficiente que um carro 1.0 litro, paga 25% de IPI enquanto o ‘popular’ recolhe apenas 7%. A ideia é que as regras beneficiem a eficiência, independentemente da tecnologia usada, assim como fazem em outros países.