5 motivos pelos quais o Honda Fit deveria voltar a ser fabricado no Brasil
Monovolume deixou o mercado brasileiro no final de 2021; entenda os motivos
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Presente desde 2003 no Brasil, o Honda Fit teve três gerações e graças às suas boas sacadas foi um dos modelos mais bem avaliados do mercado, além de manter uma clientela fiel. Entre seus atributos estão o excelente aproveitamento de espaço interno, boa posição de dirigir, robustez mecânica e economia de combustível.
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Mas nem isso foi suficiente para a Honda mantê-lo em produção e em 2021 o Fit deu adeus ao país, ainda que suas vendas fossem relevantes. Alguns motivos foram decisivos como estilo controverso, preço inviável e motor fora das novas normas de emissões do Proconve L7. A solução foi colocar o promissor City Hatch em seu lugar, que até o momento não conseguiu cobrir a lacuna do antecessor.
Após estrear em 2003, o Fit migrou para o ‘New Fit’ de 2008 para 2009. Mais atraente, a segunda geração fez as vendas crescerem pouco mais de 20% (48.662 unidades contra 40.502).
A melhor fase ocorreria ainda dessa 2ª geração para a 3ª na qual a Honda voltou a adotar o robusto câmbio CVT. De 40.642 unidades no acumulado de 2013, a alta foi de mais de 30% com 53.700 exemplares vendidos no ano seguinte.
A partir de 2016, o Fit perdeu espaço em meio à crise econômica, mas até 2019 ainda tinha uma demanda relevante, de mais de 24 mil unidades por ano. Em meio à pandemia, o carro foi definitivamente retirado dos planos da Honda, embora tenha ganhado uma 4ª geração no exterior.
Mas será que a montadora japonesa não poderia repensar essa decisão? Veja a seguir cinco pontos fortes e convincentes do monovolume da Honda pelos quais ele poderia voltar a ser fabricado no país.
1- Versatilidade
Imagem: Divulgação
O exclusivo sistema de rebatimento dos bancos traseiros ULT (Utility, Long and Tall – utilitário, longo e alto) com 10 combinações que contribui para o aumento da capacidade de carga de 353 litros até 1.321 litros, sem precisar remover os bancos.
Além disso, por conta da posição do tanque de combustível posicionado abaixo dos bancos dianteiros, atrás destes, poderiam acomodar objetos grandes como um vaso ou até mesmo uma bicicleta, sem recorrer ao porta-malas. Na última geração ele foi rebatizado de Magic Seat.
2- Assoalho traseiro quase plano
Imagem: Divulgação
O assoalho traseiro quase plano do Honda Fit - sem aquele tradicional túnel central elevado - é um conforto para quem viaja no meio do banco traseiro. As pernas ficam numa posição mais confortável e menos cansativa. Junto a isso, a boa altura do compacto da marca nipônica (1,53 metro) acomoda melhor pessoas com estatura superior a 1,85 m, se comparado ao City Hatch que é mais baixo em 4 cm (1,49 m).
Vale destacar que é um carro compacto, mas que surpreendentemente consegue unir a praticidade aliada ao conforto superior ao de um veículo de maior porte como um SUV, por exemplo.
3- Porta-copos próximos às saídas de ventilação
Imagem: Divulgação
Uma sacada genial da Honda foi adotar porta-copos espalhados por todo o seu interior, sendo que dois deles estão próximos às saídas de ventilação para manter a temperatura da bebida, detalhe inexistente na família City.
A 3ª geração do monovolume foi ainda mais versátil, pois além de poder acomodar um copo maior sem derramar por conta da tampa regulável, também permite guardar um telefone celular, quando fechada. No entanto, só o motorista tinha este privilégio.
4- Porta-malas maior
Imagem: Divulgação
Além do espaço muito bem aproveitado, muitos porta-objetos, incluindo até um compartimento abaixo do assento traseiro na 2 geração, o Honda Fit ainda traz o porta-malas de bons 363 litros, quase 100 litros a mais que o substituto City que tem apenas 268 litros.
Basta pesquisar entre os hatches compactos e ver qual deles consegue acomodar os mesmos 363 litros do carro do Fit. Só para se ter uma noção, o Renault Sandero e Stepway com seus 4,06 m de comprimento é uma das referências entre os hatches com maiores porta-malas e acomoda 320 litros.
5- Vendas
Imagem: Divulgação
Mesmo prestes a sair de linha, no acumulado de 2021, o Honda Fit conseguiu acumular nada menos do que 7.138 unidades vendidas, segundo dados da Fenabrave. Isso corresponde a uma média de 595 unidades mensais. De todos os meses, julho foi o melhor período de vendas para o monovolume no qual foram vendidos 838 exemplares.
Ou seja, não são números tão desanimadores em se tratando de um carro com a sua morte decretada. Hoje no mercado de usados, ele aparece com animadoras 10.169 unidades comercializadas, só no último balanço de junho da entidade.
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Especialista em análises do mercado de veículos usados, Fernando Garcia tem passagens por revistas automobilísticas e no AUTOO traz vários artigos especiais com curiosidades, serviços e dicas.